Falta de peças impede fabricação de 120 mil veículos no 1º semestre
Indústria automotiva brasileira registrou queda de 2% na produção em julho sobre o mês anterior; retomada da produção e estoque deve acontecer apenas no segundo semestre de 2022

A indústria automotiva brasileira estima que deixou de fabricar 120 mil veículos no primeiro semestre pela falta de peças. Fator que explica a queda de 2% na produção em julho sobre o mês anterior. Foram montados 163 mil carros, comerciais leves, caminhões e ônibus. O cenário brasileiro se repete no mercado mundial de veículos pelo desabastecimento dos semicondutores. Nesse momento, a Fiat, Chevrolet e Volkswagen estão com a produção total ou parcialmente paralisada, um indicativo de que a retomada econômica do setor não virá em 2021, analisa o presidente da Anfavea, Associação das Fabricantes de Veículos, Luiz Carlos Moraes. “Acho que a gente vai ter um estoque bem justo, não vejo em um curto espaço de tempo uma alteração, o normal vamos ter provavelmente no segundo semestre do ano que vem”, pontua.
A Anfavea aponta que os estoques atendem a 15 dias de vendas, um dos mais baixos da história. Em um indicativo da economia brasileira, o segmento de caminhões mantém resultado positivo puxado pelo agronegócio, 14 mil unidades produzidas, alta de 1,1% sobre junho e 117% sobre julho de 2020. Luiz Carlos Moraes ressalta que o ambiente político brasileiro também não ajuda e toda vez que um novo projeto é apresentado às matrizes, os cenários do país são ressaltados, com impactos negativos que podem tornar a retomada mais lenta do setor.
*Com informações do repórter Marcelo Mattos
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