Fiocruz prevê liberação gradual de vacina contra Covid e vê Brasil em posição privilegiada

Apesar da boa perspectiva, a Fundação ressaltou que é preciso esperar a conclusão dos resultados dos testes clínicos

  • Por Jovem Pan
  • 05/11/2020 06h31 - Atualizado em 05/11/2020 10h41
Reuters Doses da vacina e uma seringa deitada. Ao fundo, logo da AstraZeneca Até agora, os estudos apontam uma melhor resposta com aplicação de duas doses dessa vacina

A Fiocruz informou que o Brasil pode ser um dos primeiros países a receber a vacina contra a Covid-19. A instituição, que tem um acordo com a farmacêutica AstraZeneca e a Universidade de Oxford, pretende produzir 210,4 milhões doses até o final de 2021. A ideia é que, no 1º semestre, uma parte seja feita com insumos fornecidos pela farmacêutica e depois de agosto passe a ser produzida integralmente no Brasil. Apesar da boa perspectiva, a Fiocruz ressaltou que é preciso esperar a conclusão dos resultados dos testes clínicos e que será distribuída gradualmente. Até agora, os estudos apontam uma melhor resposta com aplicação de duas doses dessa vacina.

O vice-presidente de Inovação da Fiocruz, Marco Krieger, disse que o Brasil está em uma posição privilegiada. Ele explica que a escolha pelo acordo de transferência de tecnologia da vacina com a AstraZeneca se deu pelo fato de esta imunização ter maior quantidade de voluntários em testes clínicos e bons resultados em fases iniciais. A vice-diretora de Qualidade do laboratório de Bio-manguinhos, Rosana Cuber, espera que em março de 2021 as primeiras doses sejam disponibilizadas. Além da vacina de Oxford, a Fiocruz também está realizando parcerias para outras potenciais vacinas, mas que ainda estão em fases muito iniciais e com perspectiva para disponibilização só em 2023.

*Com informações da repórter Camila Yunes

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