Forças Armadas ajudam a estabilizar situação, diz Jungmann sobre 2º dia na Rocinha

As Forças Armadas voltaram nesta quarta-feira (11) à Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro, para cooperar com a Polícia Militar no segundo dia de operações na comunidade e pela mata do entorno. Os militares prestam apoio técnico aos policiais militares e civis.
Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o ministro da Defesa, Raul Jungmann, reiterou que as Forças Armadas não ficarão na Rocinha.
“Não há a intenção de permanecer na Rocinha. Nós atuamos por demanda, ajudamos a estabilizar a situação, fizemos cerco, não entramos em combate. Se nós fossemos com as Forças Armadas combater o crime organizado nós destruiríamos a Rocinha. Quem sobe com mandado de busca e apreensão e de captura são as forças policiais. Forças Armadas exercem papel de apoio”, disse.
Questionado se não existiria uma falta de planejamento das ações das Forças Armadas no Rio de Janeiro, o ministro se defendeu e disse que é o governador Luiz Fernando Pezão quem solicita o contingente de segurança. Segundo Jungmann, foi criada uma força de ação rápida para, em até duas horas, atender emergências. “O ideal é que se planeje antecipadamente, mas não tivemos tempo para isso”.
“Você vive no Rio de Janeiro situações emergenciais. O Rio conviveu com cinco tiroteios lá”, relembrou.
Primeiro dia de ação
Ontem, os militares prestaram o mesmo apoio à Polícia Militar. A favela vem sendo palco de confrontos entre grupos criminosos rivais, que disputam o controle dos pontos de venda de drogas ilícitas na Rocinha, desde meados de setembro.
Logo que começaram os confrontos entre criminosos, a polícia passou a reforçar a ocupação da Rocinha, com policiais de outros batalhões, além da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). As Forças Armadas ficaram uma semana na comunidade.
Confira a entrevista completa:
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