Francischini admite perda de força de pacote anticrime, mas nega relação com morte de Ágatha

  • Por Jovem Pan
  • 24/09/2019 06h49 - Atualizado em 24/09/2019 09h53
Will Shutter/Câmara dos Deputados Para ele, alguns deputados querem "sacanear" o projeto do ministro Sergio Moro

O deputado federal Felipe Francischini (PSL-PR), presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados admitiu, nesta segunda-feira (23), que o chamado excludente de ilicitude vem perdendo força dentro do pacote anticrime do ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. Em entrevista à Jovem Pan, ele rechaçou, no entanto, a possibilidade dessa perda ter se intensificado após a morte da menina Ágatha Felix, de 8 anos, no Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro.

Segundo o parlamentar, já havia uma certa má vontade de alguns deputados com a medida, que pode reduzir ou até mesmo isentar de punição policiais que matem durante o trabalho, e com outros pontos do pacote. Ele disse, ainda, que há parlamentares querendo “sacanear” o projeto de Moro.

“Eu considero muitos deputados que são contrários ao projeto ou algumas partes do projeto, estudam esse assunto,e eu respeito eles. Muitos tem um embasamento técnico muito importante. Mas eu vejo outros, de outro lado, que só querem atrapalhar, só querem obstruir e querem, na verdade, sacanear o projeto anticrime”, declarou.

Francischini evitou polemizar com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ) que, durante o final de semana, fez postagens em sua conta no Twitter sobre o excludente de ilicitude após a morte da menina.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga

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