Governadores elevam pressão sobre governo e Congresso por financiamento de vacina

O vice-presidente Hamilton Mourão afirmou categoricamente que, se o imunizante for liberado, o Executivo vai comprar

  • Por Jovem Pan
  • 02/11/2020 06h52 - Atualizado em 02/11/2020 10h59
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EFE/ Andre Borges Coronavac é a vacina contra Covid-19desenvolvida pelo Instituto Butantan com tecnologia chinesa O presidente Jair Bolsonaro, no entanto, mantém o veto e tem afirmado que se São Paulo faz questão, que ele pague pelas doses

Governadores de todo o país querem discutir com o governo federal uma estratégia de vacinação contra a Covid-19. Eles articulam um encontro para tentar rever o veto do presidente Jair Bolsonaro à CoronaVac vacina que foi negociada pelo governador de São Paulo, João Doria, com o laboratório chinês Sinovac. Eles já trabalham com a possibilidade das conversas com o Executivo não prosperarem. Por isso, pretendem também recorrer ao Congresso Nacional para que o governo seja obrigado a comprar a vacina que for aprovada pela Anvisa e estiver disponível, independentemente da origem.

O presidente já avisou que o governo não vai comprar a vacina chinesa. O Ministério da Saúde, no entanto, ainda não cancelou o protocolo de intenções que previa a compra de 46 milhões de doses. A Anvisa, na semana passada, liberou a importação dos insumos para a fabricação das doses e tem afirmado que quando o pedido de registro chegar, vai analisar independentemente da discussão política. Na semana passada o vice-presidente Hamilton Mourão afirmou categoricamente que, se a vacina for liberada, o governo vai comprar. O presidente Jair Bolsonaro, no entanto, mantém o veto e tem afirmado que se São Paulo faz questão, que ele pague pelas doses.

O dono do cofre do governo, o ministro da Economia, Paulo Guedes, lembra que vários governadores já fizeram acordos com fabricantes. Ele ainda criticou a politização que cerca o tema e disse que a melhor alternativa para o país será apontada pela área técnica. Os governadores pretendem se reunir com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, assim que ele se recuperar da Covid-19. O presidente tem orientado seus auxiliares a não discutirem o assunto. Até por isso, os governadores têm reuniões agendadas com os presidentes da Câmara, o deputado Rodrigo Maia, e do Senado, Davi Alcolumbre.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin

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