“Governo está agora com números mais realistas”, diz diretor da IFI sobre meta fiscal

  • Por Jovem Pan
  • 16/08/2017 09h14 - Atualizado em 16/08/2017 09h31
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Reprodução Segundo Felipe Salto, a meta anterior de R$ 139 bilhões já havia caído por terra e não seria possível de mantê-la

O Ministério da Fazenda anunciou na noite desta terça-feira (15) o aumento do rombo da meta fiscal de 2017 e 2018. O déficit previsto para o atual ano, que era de R$ 139 bilhões, foi para $159 bilhões. Para 2018, o aumento do rombo foi maior: de R$ 129 bilhões para R$ 159 bilhões.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o diretor-executivo da IFI (Instituição Fiscal Independente), Felipe Salto, declarou que “o Governo está agora com números mais realistas”.

Segundo ele, a meta anterior de R$ 139 bilhões já havia caído por terra e não seria possível de mantê-la: “números divulgados apontavam em direção de resultado pior. Risco é que meta fosse revisada para déficit muito mais elevado. R$ 159 bilhões está dentro do que a IFI projetava”.

Agora, o Governo deve segurar também o reajuste do funcionalismo para o próximo Governo, de modo a tentar conter o rombo nas contas públicas. “Postergação dos reajustes é positiva, mas empurra o problema para frente. Precisamos discutir reforma estrutural do pessoal. Previdência e pessoal precisam de discussão, porque esses gastos obrigatórios ocupam gasto muito grande no orçamento e crescem de maneira acelerada”, explicou Salto.

Assista à entrevista completa concedida a Denise Campos de Toledo:

Mais cortes?

O governo busca ainda aliviar os gastos não obrigatórios e mais cortes devem atingir áreas sociais e serviços básicos. Programas como Bolsa Família e Fies tiveram corte nos repasses, tais quais órgãos estatais como a Polícia Federal, que deixou de emitir passaporte por um período por falta de recursos.

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