Governo nega preferência por vacina contra a Covid-19

Ministério da Saúde indicou que as negociações para adquirir a Coronavac, da farmacêutica chinesa Sinovac, estão no mesmo estágio que as outras oito candidatas desenvolvidas por laboratórios internacionais

  • Por Jovem Pan
  • 10/10/2020 08h05 - Atualizado em 10/10/2020 08h06
Júlio Nascimento/PR Coletiva de imprensa com técnicos do Ministério da Saúde

O Ministério da Saúde indicou que as negociações para adquirir a Coronavac, fabricada pela farmacêutica chinesa Sinovac, estão no mesmo estágio que as outras oito candidatas desenvolvidas por laboratórios internacionais. O secretário-executivo do Ministério da Saúde, Élcio Franco, disse que a pasta continua em contato com o Instituto Butantan, que está desenvolvendo a Coronavac, e segue acompanhando outros institutos nacionais que busquem parcerias com laboratórios.

Franco afirma que o governo não tem preferência entre as possíveis vacinas. “A primeira vacina que fica pronta, com certeza, será uma opção para adquirirmos e contratarmos. O que foi feito com a Astrazeneca foi uma encomenda tecnológica, o que foi feito com a Covac Facilities foi uma adesão ao mecanismo internacional que possibilita a compra da vacina”, disse.  O secretário voltou a confirmar que são previstas 140 milhões de doses pelo país até o primeiro semestre de dois mil e vinte e um. Segundo ele, a vacina vai estar disponível para todos, sem distinção. Mas o secretário lembrou que não é só com vacinação que a Covid-19 vai ser combatida.

“É importante destacar que, para se conter uma doença, não é mandatório que se haja a vacinação de 100% da população. Cito como exemplo a vacina da Influenza, com 90 milhões de doses e realizamos a cobertura vacinal dos grupos de risco”, disse. Outro ponto destacado na coletiva desta sexta foi a queda nas estatísticas nacionais de mortes e infecções pela Covid-19. Franco apontou que na região Sul, os números ainda estão mais altos que no restante do país, mas que nesses estados, a tendência também é de queda. Ele destaca a volta a uma “nova normalidade”.

“Isso indica que estamos não resolvendo, mas controlando os seus efeitos e sabendo conviver com a doença e usando os EPIs, higienização, medidas de segurança e vivendo o novo normal”. Nesta sexta, o Brasil registrou 682 novos óbitos pelo coronavírus, de acordo com o Ministério da Saúde. No total, são 149 mil 639 vítimas da doença pelo país. O número de casos confirmados passa de cinco milhões e cinquenta e cinco mil, com mais de 27 mil novos infectados nas últimas 24 horas.

*Com informações do repórter Levy Guimarães

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.