Governo nega ter atrasado relatório sobre desmatamento por pressão na COP26
Ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, afirmou que só teve acesso ao documento nesta quinta-feira, 18, quando foi divulgado
O desmatamento cresceu nos nove Estados da Amazônia brasileira entre agosto de 2020 e julho de 2021. De acordo com o Inpe, o desmatamento na região atingiu 13.235 quilômetros quadrados. O Pará foi o Estado que mais desmatou, seguido do Amazonas e do Mato Grosso. Após a divulgação dos dados, os ministro do Meio Ambiente e da Justiça anunciaram que vão trabalhar para reforçar o combate à prática criminosa. Joaquim Leite ressaltou ainda que vai ampliar o programa Guardiões do Bioma, que combate crimes ambientais na Amazônia e é coordenado pelo Ministério da Justiça, e defendeu a atuação estadual também. O relatório com os dados sobre o desmatamento, divulgado nesta quinta-feira, 18, ficou pronto em 27 de outubro. Com isso, os ministros foram questionados se o governo não teria adiado a divulgação do balanço ambiental para evitar críticas na COP26, a Cúpula das Nações Unidas sobre o Clima. No entanto, Joaquim Leite afirmou que só teve acesso ao documento nesta quinta.
“Nenhum desses países vieram discutir um desafio que o Brasil tem, que é o desmatamento da Amazônia”, disse. Por sua vez, Anderson Torres, afirmou que o governo trabalha para punir pessoas que desmatam ilegalmente. “A gente já tentou maneiras preventivas, maneiras educativas e isso ainda não funcionou. Mas usaremos toda a nossa força, junto com o Ministério do Meio Ambiente, Ibama, ICMBio, Força Nacional, governo junto, para combater esses crimes”, ressaltou. A nova atuação do governo terá maior apoio das forças policiais de inteligência e repressão de crimes ambientais.
*Com informações da repórter Iasmin Costa
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