Governo reduz em mais de 45% os recursos do programa Casa Verde e Amarela

Na comparação de 2019 para 2020, foram R$ 2,1 bilhões a menos repassados para financiamento da casa própria

  • Por Jovem Pan
  • 17/08/2021 09h40 - Atualizado em 17/08/2021 09h41
MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO O ministro da economia, Paulo Guedes Corte foi mais uma das medidas do ministro da Economia, Paulo Guedes, e deve afetar as famílias carentes

O governo federal decidiu reduzir em mais de 45% os recursos para o programa de financiamento para a casa própria, o Casa Verde e Amarela, que substituiu o antigo Minha Casa, Minha Vida. O corte foi mais uma das medidas do ministro da Economia, Paulo Guedes, e deve afetar as famílias carentes. Na comparação de 2019 para 2020, foram R$ 2,1 bilhões a menos repassados para a iniciativa. Nos últimos dois anos, o Ministério do Desenvolvimento Regional entregou mais de um milhão de moradias nos dois programas, beneficiando quatro milhões de pessoas. Segundo a pasta, de janeiro a junho deste ano, houve aumento de 12% no número de financiamentos de imóveis pelos programas, na comparação com o mesmo período do ano anterior. O crescimento de 2020  para 2021, no entanto, não inverte a queda nos investimentos federais no segmento. Segundo especialistas, o programa de habitação para pessoas carentes vem perdendo incentivos ao longo dos anos. Isso aconteceu no governo da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) e no início do governo do ex-presidente Michel Temer (MDB).

O Ministério da Economia informou que todos os subsídios estão sendo reavaliados pelo conselho de políticas públicas. Em dezembro do ano passado, o Congresso Nacional aprovou uma Medida Provisória, editada pelo presidente Jair Bolsonaro em agosto, criando o novo programa habitacional, o “Casa Verde e Amarela”. A meta do governo era atender a mais de um 1,2 milhão de pessoas até dezembro de 2022. No antigo programa, famílias carentes contavam com financiamentos de 90% a 100% das moradias. No entanto, esse incentivo foi retirado da pauta pelo ministro Paulo Guedes e não existe mais. Ao todo, foram mais de R$ 1,5 bilhão a menos para quem tentava esse benefício. O aumento do material de construção também foi um dos fatores que pesaram para a decisão do chefe do Ministério da Economia.

*Com informações do repórter Maicon Mendes

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