Guarulhos já recebeu mais de 4,5 mil refugiados afegãos no aeroporto

Um grupo chegou a ser enviado pelo Governo Federal para um abrigo provisório no Litoral de São Paulo, no entanto, mais de 100 afegãos seguem acampados dentro do terminal

  • Por Jovem Pan
  • 31/08/2023 11h04 - Atualizado em 31/08/2023 13h06
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Reprodução/Jovem Pan News barracas-afegãos-aeroporto-de-guarulhos-entrevista-jornal-da-manha-reproducao-jovem-pan-news Barracas de refugiados afegãos ocupam o Terminal 2 do Aeroporto de Guarulhos

De janeiro de 2022 até o dia 22 de agosto deste ano, a Prefeitura de Guarulhos recebeu 4.562 refugiados afegãos no Aeroporto Internacional de São Paulo. A maioria dos imigrantes chega sem ter para onde ir e fica acampada no Terminal 2. Um grupo chegou a ser enviado pelo governo federal para um abrigo provisório no litoral de São Paulo. No entanto, mais de 100 afegãos seguem acampados dentro do aeroporto. O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), disse que a gestão estadual tem ajudado o município no acolhimento e alimentação dos refugiados. “É uma questão social, a gente está fazendo um esforço muito grande para acolher, já acolhemos centenas de afegãos. Chega mais gente e a gente vai continuar acolhendo”, declarou o governador nesta quarta-feira, 30. Tarcísio cumpriu agenda em Guarulhos acompanhado do prefeito da cidade, Gustavo Henric Costa (PSD), que fez um apelo ao governo federal. “A gente precisa de políticas públicas consistentes e duradouras, como o reconhecimento de Guarulhos como cidade fronteira e a interiorização dos afegãos que estão chegando.”

A Prefeitura afirma que tem investido dinheiro para atender os afegãos, mas ressalta que precisa de mais recursos. O município espera que o pedido para ser reconhecido como “cidade fronteira do Brasil” seja analisado pelo governo federal. Segundo a gestão municipal, dois ofícios já foram protocolados no Ministério de Portos e Aeroportos, um em 4 de abril e outro em 13 de junho. Em nota, a Prefeitura de Guarulhos diz que tem contato diário com o governo para atualização da situação, mas que até agora não teve resposta sobre os pedidos para ser cidade fronteira.

*Com informações da repórter Beatriz Manfredini

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