Tendência é que PSD seja contra continuidade de 2ª denúncia de Temer, diz Kassab

  • Por Jovem Pan
  • 25/09/2017 09h49 - Atualizado em 25/09/2017 10h14
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Brasília - O ministro das Cidades, Gilberto Kassab, participa da campanha “Stop the Crash”, da Global NCAP (Elza Fiuza/Agência Brasil) Elza Fiuza/Agência Brasil Kassab, que também é presidente licenciado do PSD, disse que a segunda denúncia vem como uma continuidade da primeira, mas está carregada de polêmicas e dúvidas

Com a denúncia contra o presidente Michel Temer já na Câmara para ser analisada pela Comissão de Constituição e Justiça, a expectativa agora é por conta das negociações para tentar barrá-la e sobre o que deve ocorrer, ou seja, se será ou não encaminhada ao Supremo Tribunal Federal.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o ministro das Comunicações e Tecnologia, Gilberto Kassab, que também é presidente licenciado do PSD, disse que a segunda denúncia vem como uma continuidade da primeira, mas está carregada de polêmicas e dúvidas. “Não quanto ao seu mérito, mas à maneira como foi encaminhada. O partido não vai fechar questão [na Câmara], mas há tendência grande de que ela não merece ser apreciada”.

Kassab, além da situação do presidente Temer, tratou de assuntos como eleições para o ano que vem e reforma política.

Meirelles presidente?

Um dos nomes filiados ao seu partido é o de Henrique Meirelles, atual ministro da Fazenda, e que é colocado como presidenciável pelo mandatário da pasta das Comunicações. “Digo que ele não é candidato, mas é presidenciável por sua história, por sua formação. O partido não tem ele hoje como candidato, porque essa não é a vontade dele. A partir de janeiro ele é um nome que será analisado, é presidenciável. De presidenciável a candidato é um longo caminho”, disse.

O presidente licenciado do partido, no entanto, admitiu a possibilidade de a sigla apelar para as alianças e não lançar candidato próprio no ano que vem.

Kassab presidente?

O ministro desconversou, disse que gostaria de colocar seu nome à disposição, mas que não é “obstinação”. Kassab afirmou que, se as circunstâncias existirem, a possibilidade também pode acontecer.

Doria ou Alckmin em 2018?

A disputa entre os tucanos já começa a dar sinais de estar externada para os olhos de outros partidos. Em cima do muro, Kassab elogiou ambos e afirmou que a sigla precisa de uma união.

“Os dois têm qualidades. Os dois têm base eleitoral, os dois têm bons números de avaliação, representam bem o Estado e seriam bons candidatos. Tenho certeza absoluta que precisa haver entendimento entre eles. PSDB governou bem o Estado e é evidente que se tivesse unidade do PSDB com pessoas como Doria, Alckmin eles sairiam fortalecidos de SP. Nós temos que aguardar para ver se SP estará unido. Se estiverem unidos, o projeto nacional que eles defenderem será forte”, explicou.

Reforma política

Para Kassab, o que foi aprovado na reforma política até o momento é um grande avanço. “Aprovamos fim da coligação proporcional. Sempre achei uma vergonha, os partidos se juntam, depois estão divergindo e eleitor não entende nada. Já para 2020, não teria sentido aprovar para 2018. Os parlamentares estão preparados para disputar as eleições coligados. Não é que ‘só’ para 2020, ‘já’ para 2020”.

O ministro ainda defendeu o financiamento público de campanhas, o qual classificou como “moralização do sistema”.

Confira a entrevista completa:

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