Indicação de relator independente de denúncia simboliza duas derrotas para Temer

  • Por Jovem Pan
  • 05/07/2017 07h32 - Atualizado em 05/07/2017 07h36
BRA101. BRASILIA (BRASIL), 26/06/2017.- El presidente de Brasil, Michel Temer, participa hoy, lunes 26 de junio de 2017, en una Ceremonia de Sanción de la Ley que regula la Diferenciación de Precio, en el Palacio de Planalto, en la ciudad de Brasilia (Brasil). Temer, que entre hoy y mañana puede ser denunciado formalmente por supuesta corrupción, participó en un acto con empresarios, se mostró sereno y afirmó que "nada" lo "destruirá". EFE/Joédson Alves EFE/Joédson Alves Planalto comenta é que Zveiter, o relator, seria um tanto quanto imprevisível

A primeira derrota de Michel Temer: o presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara, deputado Rodrigo Pacheco (PMDB/MGH), indica o relator considerado independente, deputado Sérgio Zveiter (PMDB/RJ).

Isso provoca apreensão dos aliados de Temer. O segundo tropeço já está até previsto: não haverá correria na CCJ e dificilmente o pedido de autorização para abertura do processo estará concluído em cinco sessões, como prevê o regimento. O presidente da Comissão adianta que vai dar duas sessões para vista ao parecer, e isto pode dificultar ainda mais.

Pacheco mostra, também, que houve pressão para nomear um relator ligado a Temer e que isso é normal, é da política. O líder informal de Temer, deputado Carlos Marun (PMDB-MS), admite frustração com a indicação do relator. A Oposição gostou.

O deputado Alessandro Molon (Rede/RJ) que levar ao plenário os envolvidos no caso JBS. O relator, Sérgio Zveiter, alerta que não tem compromissos com o presidente e seus aliados. Será feita uma avaliação técnica.

Ninguém fecha com Temer

Nenhum partido fechou com Michel Temer com antecedência. As negociações estão sendo feitas no varejo pelo próprio presidente, que abre as portas do Palácio para ouvir os pedidos, reclamações do governo e queixas dos ministros. Promete resolver as pendências, e o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, tenta agilizar respostas para os pedidos dos aliados.

O PSDB é o mais indeciso até agora. O deputado Miro Teixeira(Rede/RJ) critica a posição dos tucanos ironiza que nunca consegue ficar em cima do muro. O deputado Pauderney Avelinio (DEM/AM) diz que o DEM não se decidiu pela proximidade deste desfecho do processo. Miro Teixeira garante que o relator dará sua versão própria em sua autorização no processo.

Encontros

O presidente Michel Temer passou nesta terça (4) mais de 12 horas no Palácio do Planalto recebendo parlamentares. Ao todo foram 22. Sendo 16 deputados 6 da Comissão de Constituição e Justiça, que vai receber hoje a defesa do presidente, que foi denunciado pelo procurador Geral da República, Rodrigo Janot.

O encontros foram muito rápidos. Cada audiência levou cerca de meia hora das 8h da manhã às 10h da noite. O Palácio do Planalto viu com uma certa apreensão a indicação do nome de Sérgio Zveiter como relator da denúncia contra o presidente na CCJ. Gostaria de um nome mais ligado a Michel Temer, para tentar garantir uma maior agilidade na análise e votação da denúncia. O que se comenta é que Zveiter seria um tanto quanto imprevisível.

Mas houve também boas notícias. O porta-voz da presidência, Alexandre Parola, fez questão de agradecer os senadores, que aprovaram a urgência na votação da reforma trabalhista. Ele ainda fez questão de comemorar dados divulgados pela indústria brasileira, o resultado da balança comercial e o aumento da venda de veículos no país.

Com informações dos repórteres Jovem Pan em Brasília José Maria Trindade e Luciana Verdolin

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