Intubação é ‘fundamental’ para salvar pacientes graves com Covid-19, diz médico

Fábio Zanatta explica que o procedimento ‘traz enormes benefícios para o tratamento do coronavírus’

  • Por Jovem Pan
  • 26/01/2021 07h42 - Atualizado em 26/01/2021 10h12
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EFE/ Mauricio Dueñas Castañeda Profissional da saúde cuida de paciente internado com Covid-19 A nível estadual, São Paulo pode esgotar sua capacidade de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em 28 dias, caso o ritmo atual de novas internações por Covid-19 se mantenha

Rodrigo Serra, de 38 anos, nasceu de novo. Morador do Rio de Janeiro, ele pegou Covid-19 em maio do ano passado e teve diversas complicações como trombose, muita febre, falta de ar e precisou ser intubado. Agora, recuperado, ele conta o sofrimento que viveu. “Fiquei um mês e seis dias internado, fiquei intubado três semanas e foi difícil, deu trombose, meu ruins parou, fiquei muito mal, foi muito ruim mesmo. Foi Deus”, disse. As mortes e intubações pela Covid-19, que aumentaram nas últimas semanas em São Paulo, são as principais razões para a volta de medidas mais restritivas impostas pelo governo.

O processo de intubação, por exemplo, se dá quando o paciente apresenta insuficiência respiratória máxima. O médico especialista em anestesia, Dr Fábio Zanatta, explica que a intubação, apesar de assustar os familiares, é fundamental para salvar vidas. “A intubação ela no paciente grave traz enorme benefícios para o tratamento do coronavírus e é fundamental na recuperação das vidas no tratamento do coronavírus. Caso contrário, veríamos mais mortes do que recuperações para pacientes graves. Estou falando de pacientes que necessitam de vagas em UTI e não de pacientes que se recuperam em casa e conseguem passar por esse momento de maneira que não tenha tanta repercussão ventilatória.”

No início da pandemia do Brasil, médicos do Pronto Socorro tiveram que lidar com sobrecarga de pacientes e recursos escassos para o atendimento. Uma vez que exames de imagem são fundamentais para diagnóstico de problemas pulmonares apresentados por pacientes em estado grave pela Covid-19, pesquisadores da Universidade de São Paulo levantaram a hipótese de que os exames poderiam ser úteis para avaliar prognóstico de infectados pela doença. O Estado de São Paulo já registra média diária de mortes por Covid-19 acima de 200 óbitos há mais de 13 dias seguidos, o que não acontecia desde setembro de 2020. A nível estadual, São Paulo pode esgotar sua capacidade de leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) em 28 dias, caso o ritmo atual de novas internações por Covid-19 se mantenha.

*Com informações do repórter Victor Moraes

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