Ipea revisa queda do PIB de 6% para 5% em 2020

No entanto, o instituto também alerta que as medidas emergenciais do governo federal contra os efeitos da pandemia provocará grande aumento da dívida pública

  • Por Jovem Pan
  • 02/10/2020 06h21 - Atualizado em 02/10/2020 08h39
Marcos Santos/USP Imagens Marcos Santos/USP Imagens O Ipea também revisou, para cima, a inflação geral para 2002: de 1,8% para 2,3%

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) melhorou a previsão para o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2020. Em relatório divulgado nesta quinta-feira, 1º, o órgão revisou a queda de 6% para 5%. A expectativa para o crescimento ficou em 3,4%, muito impulsionada pelos bons resultados no último trimestre, explica o diretor de Estudos e Políticas Macroeconômicas do Ipea, José Ronaldo Souza Jr. “Essa revisão foi feita em função de indicadores que vem surpreendendo positivamente no terceiro trimestre. O setor varejista deve recuperar o nível superior de vendas em relação ao mês de fevereiro, que é considerado o pré-crise.”

Porém, o Instituto alerta que as medidas emergenciais do governo federal contra os efeitos da pandemia provocará grande aumento da dívida pública. Os economistas afirmam que o país deve reforçar o compromisso com o equilíbrio fiscal para uma retomada sustentável. Ainda de acordo com o relatório, os gastos da União em ações relacionadas à Covid-19 em 2020 estão estimados em cerca de R$ 590 bilhões. E o controle da disseminação da doença é particularmente importante para o setor de serviços, que vem apresentando resultados inferiores, devido às restrições de movimento.

O Ipea também revisou, para cima, a inflação geral para 2002: de 1,8% para 2,3%. O diretor de Macroeconomia explica que alta vem muito em função dos preços dos alimentos nos domicílios. “Houve uma variação cambial muito forte neste ano, e a demanda continua muito aquecida tanto no Brasil quanto no mundo, sso resultou na elevação da inflação. Porém ainda muito abaixo ainda da meta do Banco Central, então uma situação bastante confortável em relação a inflação”, explica. Para 2021, a taxa de inflação estimada pelo Instituto é de 3,3%.

*Com informações do repórter Vinicius Nunes

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