Isolamento social no Brasil cai para 30% e atinge menor percentual da pandemia, diz Datafolha

Em abril do ano passado, a quarenta era cumprida por 72% dos brasileiros; infectologista alerta para risco de aumento de casos da Covid-19: ‘Pandemia não foi embora’

  • Por Jovem Pan
  • 18/05/2021 10h27
EFE/ Fernando Bizerra Mulher de máscara caminha em frente a muro grafitado Ao todo, 63% dos entrevistados dizem sair de casa para trabalhar e fazer outras atividades respeitando os protocolos

Após passar pelo pior período da pandemia de Covid-19, o nível de isolamento social no Brasil é o mais baixo registrado desde o início da crise sanitária. É o que revela pesquisa Datafolha com 2.071 brasileiros de 16 anos ou mais, de todas as classes sociais e regiões, ouvidos em 146 municípios entre os dias 11 e 12 de maio. Segundo o levantamento, apenas três em cada dez brasileiros adultos estão totalmente isolados ou saem de casa somente para tarefas essenciais, número bem menor em relação a abril do ano passado, quando índice era de 72%. Em março deste ano, a taxa era de 49%. Dos 30% que afirmam respeitar as regras de isolamento, 2% dizem não sair de casa sob hipótese alguma. Enquanto isso, 63% dos entrevistados dizem sair de casa para trabalhar e fazer outras atividades respeitando os protocolos. O percentual também representa recorde desde o início da pandemia e um salto em comparação ao mês de março, quando 47% deles alegavam cuidados quando saem de casa. Já 7% dos entrevistados afirmam viver normalmente, sem alterações na rotina devido à pandemia.

Considerando a situação, o infectologista Renato Kfouri fez um alerta. Segundo ele, não é hora de baixar a guarda. “Os níveis ainda são altos e se descuidarmos dessas medidas nós corremos um sério risco de vermos os casos aumentarem novamente. Então essa percepção que está tudo bem é muito equivocada. Precisamos continuar atentos, a pandemia não foi embora e as medidas de controle disponíveis para boa parte da população não é a vacina, é o distanciamento e o uso de máscara”, pontuou. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.

*Com informações da repórter Caterina Achutti 

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