Lava Jato no RJ diz que pedido de suspeição de Gilmar não tem relação com decisão sobre Esquema $

O pedido segue sob sigilo da Justiça e as justificativas não foram reveladas

  • Por Jovem Pan
  • 06/10/2020 06h18 - Atualizado em 06/10/2020 08h53
BRUNO SPADA/TRIPÉ IMAGEM/ESTADÃO CONTEÚDO Ministro em sessão da Segunda Turma Segundo fontes da Jovem Pan, procuradores do Rio de Janeiro aguardam o resultado do pedido de suspeição

A força-tarefa da Lava Jato do Rio de Janeiro esclareceu, na segunda-feira (5), que o pedido de suspeição do ministro Gilmar Mendes do caso Esquema $ não foi uma reação à decisão do ministro do STF de paralisar as investigações do caso que envolveu mais de 20 advogados. O pedido segue sob sigilo da Justiça e as justificativas para solicitação de suspeição de Gilmar Mendes não foram reveladas. No entanto, fontes da Jovem Pan apontam algumas razões para esse possível afastamento dele das investigações do Esquema $. Entre elas estão o fato de um cunhado do ministro ter tido o imóvel bloqueado durante a operação.

Outro motivo seria um suposto patrocínio feito para um instituo brasiliense de Direito Público fundado por Gilmar Mendes, pago pela Fecomércio-RJ. A empresa é investigada na operação Esquema $ por desvios de R$ 151 bilhões do Sistema S e o dinheiro foi parar na conta de advogados renomados. Gilmar Mendes paralisou as investigações alegando que um ministro do STJ, Napoleão Maia, seria um dos investigados indiretamente. Segundo fontes da Jovem Pan, procuradores do Rio de Janeiro aguardam o resultado do pedido de suspeição que será apreciado pelo presidente do STF, Luiz Fux, antes de adotar alguma eventual medida. O caso também pode ser levado ao plenário do Supremo que julgaria o impedimento de Gilmar Mendes no caso.

*Com informações do repórter Rodrigo Viga

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