Liderado por brasileiro, estudo tem resultado promissor para busca de antidepressivos menos agressivos

O cientista Plínio Casarotto participa do desenvolvimento da pesquisa pelo departamento de física da Universidade de Helsinque,na Finlândia

  • Por Jovem Pan
  • 04/03/2021 08h58 - Atualizado em 04/03/2021 09h01
remédios saindo do frasco Segundo Plínio Casarotto, o estudo teve boa recepção pela comunidade científica na Finlândia

O Plínio Casarotto é brasileiro, farmacologista e mora na Finlândia há oito anos. Neste momento ele participa de um estudo pelo departamento de física da Universidade de Helsinque que investiga a ação de diferentes antidepressivos. O cientista conta que as pesquisas trouxeram dados novos, apontando que uma proteína produzida pelo nosso corpo, que até então era considerada essencial para o efeito das drogas, na verdade é uma coadjuvante no processo inteiro. “A função dessa proteína, que regula a função dos neurônios, se pensava que era regulava de maneira indireta pelas antidepressivos. O que descobrimos é que existe um caminho mais rápido, o que pensava ser um efeito indireto, descobrimos ser um efeito direto nesse receptor.”

Ele explica que a descoberta muda muitas coisas, especialmente para a produção futura de drogas antidepressivas. “A gente pode ter drogas mais efetivas,  mais eficientes, menos tóxicas e com efeitos colaterais menores. Esse é o grande passo que conseguimos dar aqui”, disse. A pesquisa ainda está em curso. Segundo Plínio Casarotto são pelo menos 10 anos até que novos medicamentos sejam aprovados. No entanto, o estudo teve boa recepção pela comunidade científica na Finlândia. A depressão é uma doença psiquiátrica crônica que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), atinge mais de 300 milhões de pessoas no mundo.

*Com informações da repórter Carolina Abelin

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