Maia culpa Ministério da Economia por PIB aquém do esperado

Guedes rebateu e disse que a briga pelo comando da Câmara dos Deputados atrasa as reformas

  • Por Jovem Pan
  • 04/12/2020 06h25 - Atualizado em 04/12/2020 08h13
Najara Araujo/Câmara dos Deputados Guedes afirma que “o eixo governista quer a aprovação do Banco Central independente e da reforma administrativa”

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, criticou o Ministério da Economia após o resultado do PIB no terceiro trimestre. O país cresceu 7,7% no período, mas ainda não recuperou o patamar pré-pandemia. Segundo Maia, a queda nos meses anteriores é do “tamanho da desorganização do governo”. O deputado também criticou a possibilidade, levantada pelo ministro Paulo Guedes, de se adotar uma “meta fiscal flexível” para o Orçamento de 2021. Para ele, Guedes “inventou” essa opção para não fazer contingenciamentos nos recursos dos ministérios. O ministro Paulo Guedes rebateu dizendo que o impasse político envolvendo a disputa pela presidência da Câmara interrompeu o avanço da pauta econômica. Ele afirma que “o eixo governista quer a aprovação do Banco Central independente e da reforma administrativa” mas “o relator e o presidente da Câmara preferem começar a tributária agora”. Mais cedo, Maia acusou o governo de obstruir a pauta. Nesta quinta-feira, 3, a Câmara aprovou a medida provisória do programa Casa Verde e Amarela, que substitui o Minha Casa, Minha Vida. Além de financiar a construção de residências para famílias com rendimento de até R$ 7 mil mensais em área urbana e R$ 84 mil anuais em área rural, o novo programa pode financiar regularização fundiária, locação e reformas.

O relator, deputado Isnaldo Bulhões considera um avanço em relação ao anterior. O líder do governo na Câmara, Ricardo Barros, disse em nota que a aprovação da reforma tributária é uma das prioridades do governo Bolsonaro. Segundo a nota, técnicos do Ministério da Economia aguardam a publicação do texto do relator, deputado Aguinaldo Ribeiro, para opinar oficialmente. “É desejo do presidente uma reforma tributária que simplifique e modernize os impostos sem aumento de carga tributária”, diz a nota.

*Com informações do repórter Levy Guimarães

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