Maior parte da Inglaterra continua com restrições duras mesmo com fim do lockdown

Londres foi classificado no segundo estágio, que não permite encontros entre moradores de endereços diferentes em lugares fechados

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan
  • 30/11/2020 07h23 - Atualizado em 30/11/2020 08h58
EFE/EPA/ANDY RAIN Hoje, o chamado número R que representa a taxa de reprodução do coronavírus está em 0,88 na Inglaterra

Os casos de coronavírus caíram de forma considerável nas últimas semanas na Inglaterra, mas a ameaça está longe de ter passado. Às vésperas do fim do segundo lockdown no país, a mensagem do governo indica que ainda é muito cedo para relaxar. Integrantes do governo conservador falam abertamente sobre uma terceira onda de contaminações em janeiro caso a população não coopere. Apesar do fim das restrições mais rígidas na quarta-feira, 2, a maior parte da Inglaterra vai continuar com regras duras de distanciamento social. O país foi dividido em três camadas de restrições, de acordo com o nível de contágio, e a maior parte está nas categorias mais severas. Londres ficou no segundo estágio — que não permite encontros entre moradores de endereços diferentes em lugares fechados. Os rumores na imprensa local indicam que a capital só não ficou na faixa mais alta porque o impacto econômico seria ainda mais severo. A cidade poderia perder cerca de 500 mil empregos se as regras não fossem relaxadas agora.

Um estudo do Imperial College London, com o instituto Ipsos Mori, aponta que o segundo lockdown reduziu em 30% o nível de contágio. O esforço coletivo foi responsável por conter o avanço da doença nas últimas semanas, evitando uma crise ainda mais grave nos hospitais. Hoje, o chamado número R que representa a taxa de reprodução do coronavírus está em 0,88 na Inglaterra. O primeiro-ministro Boris Johnson busca apoio na sua base para manutenção das regras de distanciamento social a partir de quarta. Para o conservador, existem motivos para acreditar que o pior da pandemia está quase acabando. E, se tudo der certo, em cerca de 10 dias os profissionais de saúde do país vão começar a ser imunizados com uma das vacinas contra o Covid-19.

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