Ministro da Educação nega qualquer tipo de interferência do governo no Enem

Além de Milton Ribeiro, o presidente em exercício, Hamilton Mourão, também disse que a prova vai ocorrer e que foi feita de maneira técnica

  • Por Jovem Pan
  • 17/11/2021 12h04 - Atualizado em 17/11/2021 12h29
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Isac Nóbrega/PR Milton Ribeiro Milton Ribeiro é o atual ministro da Educação do Brasil

Apesar do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ter dito que finalmente o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) vai ter a cara do governo, o Ministro da Educação, Milton Ribeiro, nega qualquer tipo de interferência. Ele disse também que não teve acesso antecipado às provas. E afirmou que a polêmica envolvendo os servidores do Inep é muito mais uma questão administrativa do que de educação. “Isso é um assunto administrativo. Não é, não tem nada a ver com prova de Enem. Então, quando a gente vê toda essa discussão às vésperas do Enem, nada com educação, nada com as provas, tudo a ver com a questão administrativas de pagamento ou não de gratificação”, alegou Ribeiro. O ministro da Justiça, Anderson Torres, se encontrou com Milton Ribeiro para discutir a segurança do exame no próximo fim de semana. Ele admite que existem ameaças, mas que o Enem está seguro. “Todos os anos sempre tem essa questão e as demandas vão surgindo. A gente está pronto, preparado, com o efetivo necessário para poder atuar”, disse.

O presidente em exercício Hamilton Mourão (PRTB-RS) saiu em defesa do governo e rebateu acusações de manipulação das provas do Enem, marcadas para os próximos dias 21 e 28 de novembro. Segundo Mourão, o presidente Jair Bolsonaro apenas reafirmou o que já vinha dizendo há tempos. “O presidente fez menção simplesmente a algo que é a ideia dele. Ele tem liberdade para isso. E o Enem está baseado em um banco de dados que foi construído há muito tempo. As questões não estão variando. O governo não mexeu em nenhuma questão do Enem. As questão são feitas de acordo com a metodologia do Inep”, afirmou. Mourão ainda rebateu alegações de servidores do Inep, que reclamaram até de assédio moral por parte do governo, e avisou que não iria endossar críticas a Bolsonaro: “Você conhecem o presidente Bolsonaro. Vamos baixar a bolinha. Ele tem uma maneira de se manifestar, e eu não vou ficar aqui crescendo crítica ao presidente, quando eu sou vice dele. Eu já falei isso para vocês várias vezes”. Os servidores do Inep mantém a acusação de interferência, por conta disso o Congresso já se mobiliza, e a Comissão de Educação da Câmara pretende chamar o ministro Milton Ribeiro para dar explicações.

*Com informações da repórter Luciana Verdolin

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