Moedas virtuais estão na mira das discussões no Congresso Nacional
Causa de preocupação para governos e bancos em todo o mundo, as moedas virtuais começam a ser discutidas com maior atenção no Brasil.
A mais famosa criptomoeda é o Bitcoin, criada em 2009 por um desenvolvedor desconhecido, que assim como as outras pode ser gerada por computadores.
O processo de criação de uma moeda virtual é chamado de “mineração”: os computadores competem na resolução de problemas matemáticos.
Quem ganha, recebe um bloco da moeda, que no caso do Bitcoin está cotada em R$ 14.150,00, e pode ser comercializada em casas de câmbio especializadas.
Essa movimentação deve atingir a marca dos R$ 3 bilhões em transações com Bitcoins até o final do ano, R$ 5 bilhões com todas as moedas virtuais.
O professor da FGV, André Miceli, explicou que o conceito das moedas virtuais não está tão distante assim da vida das pessoas: “na prática, é um processo de ‘desbancarização’. Temos pessoas que reconhecem valor em um conceito. É uma sequência de letras e números e fazem transações”
No Brasil, a Câmara dos Deputados instalou uma comissão especial para discutir a regulamentação das moedas virtuais no país.
Na última reunião, o diretor do COAF, Antonio Ferreira, manifestou preocupação com a dificuldade de monitoramento das transações: “parte da premissa que os clientes têm que ser identificados. O anonimato é uma das questões discutidas”.
O Banco Central do Brasil faz diversas ressalvas ao uso das moedas virtuais, nega inclusive que sejam reconhecidas como moedas.
Mesmo assim as criptomoedas têm ganhado espaço e são usadas como investimento, como explicou o especialista André de Castro: “em muitas partes do mundo o pessoal usa bitcoins para comprar tudo. Roupa, comida, fazer transações entre empresas”.
Neste ano a procura pelo bitcoin cresceu muito, o que fez o valor da moeda subir muito no primeiro semestre, saltando de mil para 2,5 mil dólares.
Há, no entanto, quem critique o avanço e o interesse pelas moedas virtuais, dizendo que é possível que estejamos vendo uma bolha prestes a estourar.
*Informações do repórter Carlos Aros
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