Moradores reclamam de atendimento limitado em hospitais de SP
Pelo menos cinco hospitais estaduais na Zona Leste, Zona Sul e em Taboão da Serra deverão ficar voltados apenas a atendimentos graves
Moradores de São Paulo estão protestando contra o funcionamento de hospitais estaduais apenas em caso de emergência. A decisão de fechar as portas dos prontos socorros à população deve começar no dia 1º de fevereiro e atingir os hospitais da Vila Alpina e do Itaim Paulista, na Zona Leste, do Grajaú e da Pedreira, na Zona Sul, e de Pirajuçara, em Taboão da Serra. A medida, segundo a Secretaria Estadual da Saúde, é para evitar que casos menos graves prejudiquem os atendimentos mais complexos. Já os moradores da região, afirmam que a atitude vai complicar ainda mais a vida da população. Esse é o caso de Adriana Matos Pereira, uma das organizadoras da movimentação. Na sexta-feira, ela participou de um ato em frente ao Hospital Geral de Pedreira, na Zona Sul da capital paulista.
“Como que você vai fechar um posto de saúde se você não tem uma outra estrutura. Fechando aqui vai dificultar ainda mais a população, as UBS vão ficar sobrecarregadas de novo, as AMAs vão ficar sobrecarregadas. Não ao fechamento dos pronto socorros estaduais de São Paulo”, protesta. Segundo Adriana, os manifestantes pedem para que os hospitais não fechem as portas. “Nós fizemos uma carta para entregar à população e uma outra com entidades que estão junto com a gente, defendendo a questão, assinou e assim que a gente acabar aqui vamos para dentro do hospital protocolar com o diretor”, afirmou. Ainda na manhã da sexta, outro grupo de manifestantes protestou em frente ao Hospital Estadual de Pirajuçara, em Taboão da Serra.
A prefeitura da cidade disse que o governo do estado anunciou nesta semana que vai restringir o atendimento dos setores da oftalmologia, fisioterapia e dermatologia da unidade. Neste sábado, outro ato está previsto para o Hospital Geral do Grajaú, na Zona Sul da cidade. Em resposta, o secretário-executivo da Saúde de São Paulo, Eduardo Ribeiro, afirmou que os casos graves da Covid-19 estão aumentando rapidamente, assim como os de outras naturezas. Ele explica que pacientes que precisam de transplante, acidentados e baleados requerem atendimentos que só podem ser feitos nesse hospitais, capacitados para esses casos. O secretário Eduardo Ribeiro diz, ainda, que conta com apoio da rede municipal de saúde para atender casos mais leves.
*Com informações da repórter Beatriz Manfredini
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