Moro e Deltan condenam arquivamento do caso do tríplex: ‘Manobras jurídicas’

Arquivamento da denúncia por prescrição dos crimes partiu da procuradora Marcia Brandão Zollinger

  • Por Jovem Pan
  • 08/12/2021 07h11 - Atualizado em 08/12/2021 08h43
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ROBERTO SUNGI/FUTURA PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Ex-ministro da Justiça, Sergio Moro, durante lançamento de seu livro Nas redes sociais, Sergio Moro afirmou que 'crimes de corrupção deveriam ser imprescritíveis'

O Ministério Público Federal (MPF) pediu arquivamento da investigação sobre o caso do tríplex do Guarujá envolvendo o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O arquivamento da denúncia partiu da procuradora Marcia Brandão Zollinger. No entendimento da magistrada, houve prescrição dos crimes que teriam sido cometidos pelo petista após a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de revogar todo o processo por considerar suspeita a atuação do ex-juiz Sergio Moro. O caso chegou a ser remetido à Justiça Federal em Brasília e a determinação foi que a nova investigação deveria começar do zero, sem aproveitar antigas provas.

Após a decisão do arquivamento do caso, Sergio Moro usou as redes sociais para protestar. “Manobras jurídicas enterraram de vez o caso do tríplex de Lula, acusado na Lava Jato. Crimes de corrupção deveriam ser imprescritíveis, pois o dano causado à sociedade, que morre por falta de saúde adequada, que não avança na educação, jamais poderá ser reparado”, afirmou no Twitter. Quem também usou as redes sociais foi o ex-chefe da Lava Jato, Deltan Dallagnol, que atacou a defesa do petista e disse ser “absurda e fantasiosa” a alegação de que o caso do Triplex seria um conluio entre ele e o Sergio Moro. Deltan finalizou afirmando que a prescrição dos crimes aconteceu em razão da “demora da Justiça e da idade do ex-presidente, que tem 76 anos”.

*Com informações do repórter Maicon Mendes

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