MP pede quebra de sigilos de Luciano Hang em ação sobre disparos em massa

Há indícios de que o empresário teria financiado o envio de mensagens durante período da campanha presidencial em 2018; a defesa nega envolvimento no caso

  • Por Jovem Pan
  • 03/12/2020 06h28 - Atualizado em 03/12/2020 08h59
Fátima Meira/Futura Press/Estadão Conteúdo Homem acena para apoiadores ao lado do presidente Os investigadores querem saber se houve disparo em massa de mensagens via Whatsapp com a intenção de favorecer a campanha de Bolsonaro em 2018

O vice-procurador-geral eleitoral, Renato Brill de Góes, pediu ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a quebra dos sigilos bancário e fiscal do empresário Luciano Hang, aliado do presidente Jair Bolsonaro. A quebra dos sigilos de quatro empresas também foi solicitado. Os investigadores querem saber se houve disparo em massa de mensagens via Whatsapp com a intenção de favorecer a campanha de Bolsonaro em 2018. Isso porque há indícios de que Luciano Hang teria financiado a ação e que quatro empresas teriam feito a parte operacional dos disparos.

Assim, o vice-procurador-geral eleitoral pediu ao TSE que quatro ações que pedem a cassação da chapa formada por Bolsonaro e Hamilton Mourão tenham andamento conjunto na corte. O Tribunal analisa se houve impacto na eleição que possa configurar abuso de poder econômico e uso indevido de meio de comunicação social. Como justificativa, o Ministério Público usou um relatório do Whatsapp que diz ter havido “comportamento anormal” com “indicativo do envio automatizado de mensagens em massa” por contas pertencentes a empresas. Ainda assim, o parecer enviado ao TSE afirma que as provas colhidas até o momento não justificam cassação de Bolsonaro e Mourão. A defesa de Hang afirmou que o empresário “nada tem a esconder” e que ele “jamais financiou disparo ou impulsionou mensagens pelo Whatsapp durante a campanha eleitoral” de 2018.

*Com informações do repórter Fernando Martins

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