Na véspera do início do pagamento, Bolsonaro diz não ter como bancar auxílio sem a PEC dos precatórios

Presidente está nos Emirados Árabes desde o último sábado e cumpre agenda com os líderes locais

  • Por Jovem Pan
  • 14/11/2021 11h01
Alan Santos/PR - 02/11/2022 Jair Bolsonaro no Lançamento da Jornada das Águas Jair Bolsonaro afirmou que aprovar a PEC dos Precatórios é a única alternativa para conseguir fazer o mínimo com as dívidas da União

O último sábado, 13, foi um dia intenso de atividades para o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) nos Emirados Árabes. Ele chegou em Dubai por volta de 6h30 da manhã, seguiu direto com a comitiva para o hotel e logo em seguida teve seu primeiro compromisso público. Ele foi a Expo 2000, que é a maior feira de tecnologia, humanidade e meio ambiente. Lá, ele foi recebido pelo primeiro ministro dos Emirados Árabes, a quem concedeu a maior honraria brasileira a um estrangeiro, a Ordem Nacional Cruzeiro do Sul. Depois da solenidade, o presidente brasileiro se encontrou com a imprensa que cobre a viagem e destacou dois assuntos: a Cop26, assumindo que foi muito atacado e criticando a falta de acordos relevantes dos maiores poluentes, Estados Unidos, Índia e China. Entretanto, os três países fizeram, sim, um acordo para poluir cada vez menos. Bolsonaro falou também sobre a PEC dos Precatórios e disse que não tem dinheiro em caixa para pagar a dívida de R$ 90 bilhões, que o governo federal pode até honrar aquelas dívidas de, no máximo, R$ 600 mil, mas que aprovar a PEC é a única alternativa para conseguir fazer o mínimo com essas dívidas dos precatórios. Essa aprovação também dá uma margem fiscal para o governo pagar o Auxílio Brasil, que deverá ter a primeira parcela paga na próxima quarta-feira, 17.

O presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), que está em Portugal, também se manifestou sobre a votação da PEC dos Precatórios. Ele disse que há interesse de colocar a proposta para a votação ainda em novembro. O texto precisa passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa e, em seguida, assim como na Câmara, precisa ser votada em dois turnos no plenário do Senado para ser aprovada. Rodrigo Pacheco disse que, se não for viável colocar para votação em novembro, de dezembro não passa. Ele vai colocar também como uma das matérias prioritárias no esforço concentrado marcado para o começo de dezembro. O esforço concentrado é aquele momento em que os parlamentares votam todas as pautas que estão com demanda reprimida.

*Com informações da repórter Francy Rodrigues

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