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‘Não é hora de pensar em aumento de arrecadação’, diz deputado sobre desoneração da folha

A Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira, 15, o projeto que amplia a desoneração da folha de pagamento até 2026. Para o autor da proposta, deputado federal Efraim Filho (DEM-PB), em meio à recuperação econômica, a medida é essencial para a manutenção do mercado de trabalho. “São menos impostos para os setores que mais empregam. São 17 setores no Brasil que, por empregarem mais, têm redução na folha, mas esse benefício se encerra em dezembro e isso começa a trazer certa dificuldade para manter os empregos”, explica o parlamentar em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan. No entanto, embora a proposta seja defendida pelos parlamentares e tenha sido aprovada no colegiado, o texto encontra resistência no governo, especialmente na equipe econômica. Segundo Efraim Filho, esse impasse acontece porque o Executivo buscava aumento da arrecadação em 2022, o que não vai acontecer se aprovada a continuidade da desoneração.

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“O governo quer contar com aumento de arrecadação e o que nós ponderamos junto ao Ministério da Economia é que não é hora de pensar em aumento de arrecadação, principalmente nos setores que mais empregam. Não existe dinheiro público que caia do céu, que dá em árvore ou que plantando se colhe. Ele é fruto do pagamento de impostos e o contribuinte não aguenta mais ter o peso nos seus ombros”, pontuou. Para o deputado a vitória na Comissão de Finanças e Tributação traz uma mensagem importante para o governo que, segundo ele, “começa a perceber que não dá para ser contra a geração de empregos”. O projeto que estende a desoneração da folha até 2026 ainda deve passar por votação no plenário da Câmara e no Senado Federal antes da sanção presidencial. Segundo Efraim Filho, a expectativa é que a tramitação aconteça até novembro deste ano.

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