OMS alerta para ‘falha moral catastrófica’ por distribuição desigual de vacinas

Segundo Tedros Adhanom Ghebreyesus, as farmacêuticas estão priorizando o uso emergencial dos imunizantes apenas em países ricos

  • Por Jovem Pan
  • 19/01/2021 05h47 - Atualizado em 19/01/2021 09h53
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Salvatore Di Nolfi/EFE Tedros Adhanom Ghebreyesus é o atual diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS) Tedros Adhanom disse que o mundo está à beira de um “fracasso moral” ao permitir que países pobres fiquem atrás dos ricos no acesso às vacinas

A Organização Mundial da Saúde voltou a criticar a concentração de vacinas contra a Covid-19 em alguns países. Para a entidade, o não compartilhamento de dados dos imunizantes pode deixar mais da metade da população mundial sem proteção contra o coronavírus. O diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que o mundo está à beira de um “fracasso moral” ao permitir que países pobres fiquem atrás dos ricos no acesso às vacinas. “Eu preciso ser franco. O mundo está à beira de um fracasso moral catastrófico. E o preço desse fracasso será pago com vidas e recursos nos países mais pobres do mundo.”

Tedros afirmou ainda que as farmacêuticas estão priorizando o uso emergencial nos países ricos, não se importando com a Covax Facility, iniciativa da OMS que visa distribuir 2 bilhões de doses dos imunizantes até o fim de 2021. A posição do diretor-geral foi na mesma linha da fala do secretário-geral da Organização das Nações Unidas, que fez um alerta quanto ao atraso da recuperação econômica. Para António Gutierrez, os efeitos da pandemia devem se agravar se os fabricantes de vacinas não quebrarem as patentes dos imunizantes. Segundo a Our World in Data, plataforma ligada à Universidade de Oxford, mais de 40 milhões de pessoas já foram vacinadas em todo o mundo.

*Com informações do repórter Vinicius Nunes

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