Onyx aposta em ‘bom final’ na filiação de Bolsonaro ao PL: ‘Presidente está tranquilo’

Em entrevista à Jovem Pan News, o deputado federal aponta que decisão do presidente deve ser anunciada em duas ou três semanas

  • Por Jovem Pan
  • 16/11/2021 09h43 - Atualizado em 16/11/2021 10h54
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MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO - 10/11/2021 Onyx Lorenzoni e Jair Bolsoanro comemorando e sorrindo Onyx Lorenzoni deverá seguir Jair Bolsonaro na filiação ao Partido Liberal

O deputado federal, Onyx Lorenzoni, comentou nesta terça-feira, 16, sobre as conversas em torno da filiação do presidente Jair Bolsonaro ao PL. Na última semana, o PL anunciou que o presidente iria se filiar ao partido e marcou o ato de filiação para o dia 22 de novembro. Entretanto, durante uma conversa com a imprensa no domingo, 14, Bolsonaro informou que tem pendências para resolver com Valdemar Costa Neto, presidente da legenda. O Onyx, que se licenciou temporariamente do cargo de ministro do Trabalho e Previdência Social para cuidar das emendas parlamentares, deverá ir para o PL junto com o chefe do Executivo. Atualmente, o deputado é filiado ao Democratas, que se fundiu com o PSL, formando o União Brasil.  Em entrevista ao Jornal da Manhã, o deputado afirma que a decisão deve ser tomada em breve. “Eu não tenho nenhuma dúvida de que quando a gente decide casar, a gente precisa que o casamento seja bom para os dois lados. Nesse sentido, tudo aquilo que pode ser construído antes que o ‘sim’ seja dado traz tranquilidade, segurança e a relação fluí com absoluta tranquilidade. Eu conversei com o presidente ainda ontem à noite. O presidente está tranquilo. Muitas das coisas que foram faladas na imprensa não correspondem à realidade”, relatou o parlamentar, que faz parte da base de apoio do presidente desde 2017.

“Eu conversei também com o presidente do Partido Liberal, o Valdemar da Costa Neto, e as conversas estão caminhando. Acho que deve caminhar tudo para um bom final dentro de duas ou três semanas, que é o prazo acordado entre o presidente e o próprio partido”, apontou Onyx. Um dos entraves para a filiação é o fato do presidente querer autonomia para indicar aliados em locais considerados importantes, com foco em montar uma bancada robusta, sobretudo, no Senado, onde o governo tem acumulado derrotas. O plano, no entanto, esbarrava nos projetos para São Paulo, onde a legenda do Centrão tem um acordo com o vice-governador Rodrigo Garcia (PSDB), que disputará o pleito para tentar suceder o governador João Doria (PSDB). “Em qualquer situação, uma candidatura como a do presidente Bolsonaro, que atrai a maioria da população brasileira e que tem um grupo significativo de atuais detentores de mandato parlamentares e senadores que irão disputar a próxima eleição, é muito importante e muito relevante [a indicação de candidatos]. Trata-se de poder construir esse entendimento que dê tranquilidade ao presidente, com o olho na eleição do ano que vem e na governabilidade posterior”, pontua o ministro licenciado.

“Poder ter uma boa base na Câmara dos Deputados e poder ampliar a sua base política no Senado Federal é algo muito valioso para um governo que vem transformando o Brasil e tem muito para fazer nos próximos anos”, continuou Onyx. “Não apenas no meu caso, mas vários ministros e parlamentares de vários partidos acompanham essa discussão de maneira muito próxima na busca da construção que ajude para que o presidente na eleição do próximo ano para que ele tenha os melhores palanques em todos os Estados. Para onde o presidente migrar, a maioria dos ministros, deputados e senadores que o acompanham também devem fazer esse movimento. Por isso que é delicado essa conversação. Ela envolve uma série de Estados, uma série de candidaturas que vão de deputado estadual a federal, senador, governador”, disse. “Eu acredito que essa construção vai ser bem feita e nós vamos chegar, como o presidente brinca, a um casamento que vai ser feliz”, finalizou o deputado.

Confita a íntegra da entrevista de Onyx Lorenzoni ao Jornal da Manhã:

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