Palácio do Planalto pede que não haja ‘exploração política’ do assassinato de petista em Foz do Iguaçu

Vice-presidente e ministro-chefe da Casa Civil lamentaram o ocorrido, mas questionaram a repercussão do caso

  • Por Jovem Pan
  • 11/07/2022 10h29
FRANCISCO STUCKERT/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Hamilton Mourão em cerimônia do Casa Verde e Amarela Hamilton Mourão em cerimônia do Casa Verde e Amarela

O vice-presidente Hamilton Mourão lamentou nesta segunda-feira, 11, o assassinato de Marcelo Aloizio de Arruda, guarda municipal e tesoureiro do Partido dos Trabalhadores (PT), na cidade paranaense de Foz do Iguaçu, no último domingo, 10. O homicídio aconteceu durante a celebração do aniversário de 50 anos do petista, que tinha o ex-presidente Lula como tema da festa. Os disparos foram feitos pelo policial penal federal Jorge José da Rocha Guaranho, que se identifica nas redes sociais como apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL).”Olha, é um evento lamentável, né? Ocorre em todo final de semana em todas as cidades do Brasil de gente que provavelmente bebe e aí extravasa as coisas, né?”, declarou Mourão ao ser abordado por jornalistas na frente do Palácio do Planalto.

Ao ser questionado sobre a gravidade do caso e se ele causa preocupação, o vice-presidente declarou que o assassinato não deve ser usado politicamente: “Não, não é preocupante. Não queira fazer exploração política disso aí. Vou repetir o que eu estou dizendo, e nós vamos fechar esse caixão, tá? Vou repetir o que eu estou falando: para mim, é um evento desses lamentáveis, que ocorrem todo final de semana nas nossas cidades, de gente que briga”, opinou. Nas redes sociais, o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP), fez coro com as declarações de Hamilton Mourão.

“Um crime lamentável aconteceu? Aconteceu sim. Agora outro crime lamentável é envolver o presidente no episódio: distorção, manipulação. O PT, que condenou tanto Alberico, deveria hoje lhe pedir desculpas”, criticou o ministro em seu Twitter na manhã desta segunda-feira, 11. O policial que atirou em Marcelo está internado em estado grave. A Delegacia de Homicídios está investigando o episódio para obter mais esclarecimentos sobre a motivação do crime e outros detalhes.

Em comunicado divulgado nas redes sociais, a Prefeitura de Foz do Iguaçu disse que Marcelo estava na corporação há 28 anos, tendo feito parte da primeira turma da Guarda Municipal. “Agradecemos ao Marcelo Arruda por toda a sua dedicação e comprometimento com o Município, o qual nestes 28 anos de funcionalismo público defendeu bravamente, tanto atuando na segurança como na defesa dos servidores municipais”, disse o prefeito.

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