Patrícia Ellen detalha medidas econômicas adotadas por SP: ‘Fase Emergencial foi necessária’

Secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo ressaltou que o governo estadual está preocupado com os empresários diante da crise da Covid-19

  • Por Jovem Pan
  • 12/03/2021 09h37
CONVENTI/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO Idoso caminha em rua deserta durante período da Fase Vermelha em São Paulo Governo tem trabalhado em medidas sanitárias de saúde, mais de mil leitos foram ativados nas últimas semanas

A secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado de São Paulo, Patrícia Ellen, ressaltou que o governo estadual está preocupado com os empresários diante da crise da Covid-19, mas que a Fase Emergencial do Plano São Paulo se fez muito necessária diante do crescimento acelerado dos casos, internações e óbitos em decorrência da doença. De acordo com ela, essa situação é sem precedentes. “Quando o governador João Doria falou de impopularidade, foi na falta de coesão nacional para que medidas sejam adotadas e falta de exemplos federais, mas com muita solidariedade aos empreendedores. O governo tem trabalhado em medidas sanitárias de saúde, mais de mil leitos foram ativados nas últimas semanas — mas o crescimento [da taxa de ocupação nos hospitais] está acima disso.”

Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, a secretária destacou alguma medidas tomadas pelo governo estadual tanto no âmbito social quanto econômico. “Temos uma nova meta de 1,6 milhões de cestas básicas — 600 mil garantidas pelo governo e um milhão por mobilização da captação privada. Já tivemos doações de RS 40 milhões — R$ 31 milhões em cestas e R$ 9 milhões para vacinas. Estamos trabalhando em atender os pleitos tributários em toda a parte de bolsas e auxílio emergencial em apoio aos empreendedores, com programas de crédito, microcrédito e gestão da crise. Mas a medida econômica mais eficaz é acelerar a vacinação.” Ela destacou que o governo estadual, nesta nova etapa, está trabalhando cada vez mais próximo das organizações sociais. Para quem deseja realizar alguma doação, as informações estão no site do Fundo Social.

A chefe da pasta de Desenvolvimento Econômico destacou que o Bom Prato vai continuar funcionando neste momento no café da manhã, almoço e jantar. Patrícia Ellen reconheceu o desafio diante da crise e lembrou que São Paulo já fez um aporte de quase R$ 2 bilhões em crédito e microcrédito. No Banco do Povo, foram mais de R$ 250 milhões em aportes. Quase R$ 200 mil estão disponíveis para microcrédito, com linhas de até R$ 21 mil com as menores taxas do mercado, inclusive para informais por 1%. As mulheres também podem ser beneficiadas além, por conta da tripla jornada. “Temos também o Bolsa Auxílio, pela Via Rápida, de R$ 210 para todos que se inscreverem e ainda ajudamos com na possiblidade de se preparar para mudanças aceleradas nos modelos de trabalho. E o Bolsa Trabalho, com auxílio de R$ 450 por cinco meses — onde desempregados podem trabalhar em órgãos públicos e têm acesso à qualificação.”

A secretária afirmou estar vendo, de perto, os efeitos da crise. “Pessoas estão morrendo. Não estamos falando só de negócios falindo. Tenho pessoas desempregadas na minha família, mas também tenho uma tia esperando leito no setor privado há 48 horas, sentada em uma cadeira no corredor. Se você perguntar para ela o que é mais importante, o negócio que ela pode perder ou a vida, tenho certeza que ela vai responder que é a vida. O papel do gestor público é priorizar a vida da população ou deixar todo mundo na rua sem máscara?”

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