PF cumpre mandados de prisão em operação contra fraude no sistema carcerário no RJ

  • Por Jovem Pan
  • 13/03/2018 06h43 - Atualizado em 13/03/2018 08h40
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Tânia Rêgo/Agência Brasil Tânia Rêgo/Agência Brasil Agentes estão nas ruas para cumprir 14 mandados de prisão, sendo nove temporárias e cinco preventivas

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (13) mais um desdobramento da Operação Lava Jato no Rio de Janeiro. Agentes estão nas ruas para cumprir 14 mandados de prisão, sendo nove temporárias e cinco preventivas.

Entre os procurados estão pessoas ligadas a um esquema da Secretaria de Administração Penitenciária, entre elas seu ex-secretário, coronel Rubens Monteiro de Carvalho, e o diretor-geral de Polícia Especializada, delegado Marcelo Martins.

Atuam na operação ainda agentes do Ministério Público Federal e Estadual. Eles investigam, respectivamente, formação de quadrilha, lavagem de dinheiro e corrupção, além de peculato e fraude de licitação.

Segundo o MPF, foram desviados R$ 73 milhões dos cofres públicos.

O Tribunal de Contas do Estado afirma que a Secretaria (Seap) pagava duas vezes pelos pães que eram fornecidos aos presos. Eram dois contratos: um para fornecimento do pão e outro para a compra de ingredientes.

De acordo com o projeto inicial, era prevista uma profissionalização dos presos, onde a Seap contratava uma ONG para gerir um projeto de padaria.

Em maio do ano passado a fraude foi descoberta quando uma auditoria do TCE apontou que os contribuintes compravam o pão já pronto além de farinha para seu preparo.

O projeto, de acordo com o MPF, era para incentivar presos que quisessem trabalhar na padaria. Com isso, a cada três dias de trabalho, um dia era reduzido da pena. Entretanto, o trabalho de auditoria detectou falha no controle e há suspeita de que presos que não trabalhavam também se beneficiaram.

O TCE constatou ainda a ausência de uma folha de presença, portanto, ficou impossível de se comprovar que o serviço foi realmente prestado pelos presos.

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