Polícia não vê relação entre morte de vereador brasileiro e chacina na fronteira com o Paraguai
Farid Afif, de 37 anos, foi assassinado quando andava de bicicleta na cidade de Ponta Porã; um dia depois, quatro pessoas foram executadas a tiros ao sair de uma casa noturna
Farid Afif, de 37 anos, era vereador em Ponta Porã, cidade do Mato Grosso do Sul. Ele foi morto a tiros na sexta-feira, 8, quando andava de bicicleta. Momentos antes, Farid publicou um vídeo nas redes sociais em que fala sobre o passeio: ele chama a saída de “sexta-feira sustentavel”. Os tiros que o mataram teriam partido de alguém que passou com uma motocicleta no local. A polícia analisa imagens de câmeras de segurança e já informou que não há indícios de que o crime esteja relacionado com outra cena de execução que foi registrada na manhã seguinte a poucos quilômetros dali, na cidade paraguaia vizinha de Pedro Juan Caballero. Na ocasião, quatro pessoas saiam de uma casa noturna e entravam em um veículo quando atiradores se aproximaram e dispararam diversas vezes. Todos morreram no local.
Entre as vítimas da chacina está Haylee Carolina Yunis, de 21 anos, filha do governador do estado de Amambay, no Paraguai. Ela levou 6 tiros. As outras vítimas foram o cidadão paraguaio Omar Vicente Alvarez Grance de 32 anos, conhecido como Bebeto, que levou 31 tiros; as brasileiras Kaline Reinoso de Oliveira, de 32 anos que foi morta com 14 tiros
e Rhamye Jamilly Borges de Oliveira de 18 anos, morta com 10 tiros. Para a imprensa paraguaia, o chefe da investigação local disse que Bebeto seria o alvo dos bandidos e que as jovens morreram porque estavam com ele no momento. Outras pessoas também foram atingidas e ficaram feridas. A fronteira entre Paraguai e Mato Grosso do Sul é uma região de disputa pelo controle das rotas de tráfico de drogas e armas.
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