Prefeito de Belo Horizonte diz que ‘não vai se esconder’ da CPI da Covid-19 municipal

Áudios de Alexandre Kalil foram vazados e ele precisou se explicar na última quinta-feira; o chefe do executivo alega que material foi retirado de contexto

  • Por Jovem Pan
  • 22/10/2021 06h33 - Atualizado em 22/10/2021 11h15
FERNANDO MORENO/AGIF Alexandre Kalil Alexandre Kalil (PSD), prefeito de Belo Horizonte

O prefeito de Belo Horizonte, Alexandre Kalil (PSD), precisou vir a público na última quinta-feira, 21,  para tentar explicar o teor de áudios divulgados na CPI da Covid-19 da Câmara Municipal da cidade. As gravações foram entregues aos vereadores pelo ex-chefe de gabinete de Kalil, Alberto Lage. Nos áudios, o prefeito teria dito que empresários de ônibus estariam pagando a defesa de Célio Bouzada, ex-presidente da BHTrans, investigado pela Câmara. O material, que não tem relação com a CPI da Covid local, foi apresentado pelo próprio presidente da comissão, Juliano Lopes. “É uma fala do prefeito Alexandre Kalil, dizendo que quem irá pagar os advogados do ex-presidente Célio Bouzado será o Setra”. Em entrevista coletiva, o prefeito afirmou que os áudios foram tirados de contexto, condenou o vazamento e pediu compostura aos parlamentares. “Eles vão responder por tudo, vão ter que provar tudo o que falaram, porque eu nunca tive uma conversa antirrepublicana com ninguém, eu nunca tive uma conversa distorcida com ninguém. Isso faz parte do meu perfil. Entrei aqui com a mão limpa e vou sair com a mão limpa”, disse Kalil. Ele ainda mandou um recado direto aos vereadores e disse que não vai se esconder da CPI da Covid. O nome de Hermes Guerreiro, citado como suposto advogado de Célio Bouzada, apareceu nesta quinta-feira, 21, como nomeado para o Conselho de Ética de Belo Horizonte.

*Com informações do repórter João Vitor Rocha

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