Quadrilha errou cofre e não levou nada de banco no Pará, diz governador

O assalto aconteceu na madrugada desta quarta-feira, quando cerca de 10 criminosos tomaram as ruas de Cametá

  • Por Jovem Pan
  • 03/12/2020 06h49 - Atualizado em 03/12/2020 08h35
Reprodução/ Twitter Moradores da cidade foram pegos e usados como escudo humano durante a ação

O governador do Estado do Pará, Helder Barbalho, afirmou, em coletiva de imprensa nesta quarta-feira, 02, que a quadrilha responsável pelo assalto a uma agência do Banco do Brasil na cidade de Cametá errou o cofre e não levou nada do banco. “A quadrilha não teve êxito, não houve qualquer prejuízo para o banco, não conseguiram levar qualquer dinheiro. Nós temos que estar alerta na região e todo o sistema está em alerta para evitar que eles tentem uma nova ação em outros municípios e outras unidades bancárias”, disse. O ataque ocorreu no início da madrugada desta quarta, quando cerca de 10 criminosos tomaram as ruas da cidade, distante 235 quilômetros da capital Belém, para a ação. O grupo usou armas de grosso calibre e explosivos. Moradores da cidade foram pegos e usados como escudo humano. Um dos reféns, Alessandro de Jesus Lopes Moraes, foi morto quando tentava fugir. Outro foi atingido na perna, mas foi socorrido e passa bem.

A agência atacada, que fica no prédio da Câmara dos Vereadores de Cametá, ficou completamente destruída. O Batalhão da Polícia Militar da cidade também foi atacado. Os criminosos deixaram dinamites durante a fuga e a polícia acredita que os suspeitos seguiram pela mata e pelo Rio Itaperuçu. Em entrevista à Jovem Pan, Raul Jungmann, ex-ministro da segurança pública, disse que a pandemia fez com que as facções criminosas ficassem descapitalizadas e necessitassem de recursos financeiros. “Durante a pandemia, você teve uma redução de voos e de viagens e, sobretudo atrás de aviões e navios, grande parte do trafico e da mercadoria é transportada. isso representou problemas para o caixa das grandes facções”, afirma. Segundo Helder Barbalho, a estrutura de segurança no Pará permanecerá reforçada para evitar novos incidentes e seguir na busca da quadrilha. “Nós vamos permanecer aqui com o Bope, com núcleo de inteligência, com tudo que há de especialidade tanto da Polícia Militar e da Polícia Civil até que esse crime seja elucidado. Além disso, nós estamos com dois helicópteros que ficarão aqui em Cametá pela peculiaridade local dos rios que precisam deste monitoramento para esclarecer o ocorrido aqui.” Em nota, o Banco do Brasil disse que colabora com as investigações e que avalia os danos à estrutura da agência.

*Com informações do repórter Fernando Martins

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