Relatório final da CPI da Enel é apresentado e deve ser votado nesta quinta-feira

Em seu parecer, a relatora Carla Morando (PSDB) pede intervenção no atual contrato da companhia energética e a realização de uma auditoria

  • Por Jovem Pan
  • 14/12/2023 11h04 - Atualizado em 14/12/2023 11h05
EDI SOUSA/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO Enel SP - TEMPORAL/SP/LUZ/QUEDA/ENEL - GERAL - Equipe da Enel trabalha no bairro do Jardim Santo André, na região de São Mateus, na zona leste de São Paulo, nesta terça-feira, 07 de novembro de 2023. A distribuidora Enel São Paulo informou que a energia foi restabelecida para mais de 90% dos clientes afetados pelo apagão decorrente da tempestade que atingiu São Paulo na última sexta-feira, 3. Cerca de 200 mil unidades consumidoras, das 2,1 milhões impactadas, ainda aguardam a retomada do serviço nesta terça-feira, 7. 07/11/2023 - Foto: EDI SOUSA/ATO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO

O relatório final da CPI da Enel, que apura irregularidades cometidas pela concessionária de energia responsável pela distribuição na capital paulista e região metropolitana, foi apresentado nesta quarta-feira, 13. O documento foi lido pela relatora da CPI, deputada estadual Carla Morando (PSDB), e na sequência os parlamentares discutiram o que foi apurado durante o inquérito. A votação do relatório foi marcada para esta quinta-feira, 14. O relatório pede intervenção no atual contrato da companhia energética e a realização de uma auditoria, no entanto, a quebra total da concessão não foi considerada pelos parlamentares. “Buscar fazer uma intervenção nesse modelo atual, no que for possível, por conta de cláusulas do contrato. Se assim for entendido pela intervenção e pelas questões de cada cidade do contrato, tentar trazer todo esse trabalho mostrando a má qualidade de prestação dos serviços e que exige de todos os poderes uma mudança imediata”, comentou a deputada Carla Morando em entrevista à Jovem Pan News.

Durante a sessão, a relatora da CPI disse que ficou evidente, durante o apagão causado pela tempestade do dia 3 de novembro, que a concessionária não consegue atender a todas as demandas da região metropolitana. Na ocasião, mais de 2 milhões de clientes da Enel ficaram sem o fornecimento de energia. A deputada ainda afirmou que a empresa tem sido negligente, focada apenas nos próprios lucros e destacou que a própria CPI não foi instalada na Alesp (Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo) após o último apagão, e sim por problemas, reclamações e irregularidades nas contas de energia elétrica averiguadas desde o mês de maio deste ano.

*Com informações da repórter Camila Yunes

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.