Líderes em pesquisas, Russomanno e Covas são alvos preferenciais em primeiro debate em SP

As questões da Cracolândia, enchentes e das vagas nas creches municipais foram três dos principais temas abordados pelos participantes

  • Por Jovem Pan
  • 02/10/2020 06h07 - Atualizado em 02/10/2020 11h19
Roberto Casimiro/Estadão Conteúdo Bruno Covas criticou a herança que pegou do município depois da gestão do ex-prefeito Fernando Haddad (PT)

Nesta quinta-feira, 1º, 11 dos 14 candidatos à Prefeitura de São Paulo participaram do primeiro debate eleitoral na disputa pela chefia da capital. O encontro aconteceu na sede da TV Bandeirantes. Os dois líderes nas pesquisas de intenção de voto, Celso Russomanno (Republicanos) e Bruno Covas (PSDB) foram os principais alvos de ataques dos candidatos e sinalizaram logo na chegada qual estratégia adotariam. Questionado sobre a aproximação com Jair Bolsonaro, Russomanno ressaltou que é amigo do presidente há vários anos, mas não garantiu que ele vai aparecer na propaganda eleitoral. “Posso te dizer com toda a força que ele é um grande amigo meu desde 1995. Mas se ele vai aparecer no meu pergunta e quais atitudes vai tomar precisar perguntar pra ele”, disse. Já o atual prefeito, que tenta a reeleição, Bruno Covas, criticou a herança que pegou do município depois da gestão do ex-prefeito Fernando Haddad (PT). “Vim aqui, diferente dos outros candidatos que vão vender ilusão para a cidade de São Paulo, vim mostrar uma realidade, a situação que pegamos a cidade do PT e como arrumamos a casa.”

As questões da Cracolândia, enchentes e das vagas nas creches municipais foram três dos principais temas que os participantes focaram suas propostas e acusações a outros candidatos. A maioria deles evitou fazer qualquer acusação contra o governo federal e evitaram comentar sobre a pandemia da Covid-19. Diferente do tom que adotou na chegada, Russomanno procurou ressaltar, sempre que pode, que é o candidato do presidente Jair Bolsonaro. Covas, por outro lado, optou principalmente por atacar a gestão de Haddad e, também, lembrar os esquemas de corrupção envolvendo políticos do Partido dos Trabalhadores (PT).  Ao falar sobre o que faria para solucionar a venda e consumo de drogas na cracolândia, Jilmar Tatto, candidato do PT, aproveitou para dizer que Covas usa a “violência” contra os dependentes químicos da região, o que foi negado pelo candidato.

Um novo método adotado por alguns participantes também chamou atenção: promover os perfis das campanhas, sites, redes sociais e pedir aos eleitores que fizessem buscas no Google. Marina Helou (Rede), Joice Hasselmann (PSL), Arthur do Val (Patriotas) e Guilherme Boulos (PSOL) foram alguns dos candidatos que usaram essa estratégia. Após o debate, Márcio França, candidato do PSB, ressaltou à Jovem Pan que o grande número de concorrentes dificulta um bom debate. “Muita gente, a gente tem que se contentar com o seu tempinho. Mas foi muito importante, deu uma primeira visão para as pessoas verem quem está preparado para a função”, disse. Por determinação da emissora, não foi possível acompanhar nem gravar imagens do debate dentro do auditório. Participaram também o candidatos do PCdoB, Orlando Silva, Andrea Matarazzo (PSD) e Filipe Sabará (Novo).

*Com informações do repórter Leonardo Martins

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.