Sachsida defende ações tomadas pelo governo mesmo com tombo de 4,1% no PIB em 2020
Secretário de Política Econômica do Ministério da Economia acredita que governo federal e Congresso trabalharam para que queda não fosse maior
O secretário de Política Econômica do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, não vê com maus olhos a queda de 4,1% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2020. Para ele, o número mostra um acerto das políticas econômicas tomadas pelo governo federal em conjunto com o Congresso. De acordo com Sachsida, as previsões em junho de 2020 indicavam uma queda muito maior. “O FMI dizia que o Brasil ia cair 9,1%. O Banco Mundial dizia que ia cair 8,1%. Houve um efeito muito difícil da pandemia, mas as medidas tomadas deram resultado e amenizaram a queda”, disse. O maior tombo desde o início da série histórica do IBGE.
Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, Sachsida defendeu que o primeiro trimestre de 2021 ainda será delicado, mas a partir de abril e maio o País entra em trajetória de crescimento. A previsão é de que o PIB brasileiro recupere 3,2% neste ano. “Na maior pandemia da história, conseguimos trabalhar para amenizar a queda. Foi feito um bom trabalho. Agora, a pandemia está ganhando força. Isso é nítido. E as principais medidas econômicas que podemos adotar hoje é vacinação, vacinação e vacinação. Isso vai garantir uma retomada sustentável a partir de abril.”
Adolfo Sachsida também ressaltou a importância de ter uma contrapartida fiscal com o retorno do auxílio emergencial. “Sem contrapartida, vai desancorar as expectativas de inflação. Podemos ter problemas ao longo do ano. Mas mais uma vez o Congresso vai ser parceiro. Estamos trabalhando juntos desde 2019, temos a PEC emergencial e o auxílio para população carente. As contrapartidas fiscais são necessária para ancorar expectativas e preparar a retomada.” Para ele, todos os governantes estão dando o seu melhor na administração da crise. “Só que o conjunto de informações que nós temos é limitado.”
Sachsida elogiou as empresas brasileiras e a sociedade pela amostra de capacidade de trabalho dentro de um contexto adverso que chamou de “impressionante”. Ele lembrou que, mesmo em meio ao caos, o Congresso aprovou em 2020 o marco legal do saneamento básico, a lei das licitações, das falências e a autonomia do Banco Central. “A agenda pró-mercado tem no Congresso um grande parceiro. Vamos seguir com a liderança do ministro Paulo Guedes e o apoio do presidente Jair Bolsonaro.” Para Adolfo, a reforma administrativa já tem um consenso e deve caminhar tranquilamente pelo legislativo. Já em relação a reforma tributária, ainda é preciso criar esse consenso. “Demos sinais muito claros que 2021 vai ser o ano das privatizações. Eletrobras, Correios. concessão do 5G. Na minha leitura, o grande desafio é fiscal. Se manter consolidação fiscal, teremos um grande ano.”
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