São Paulo deve adotar retorno obrigatório ao ensino presencial, diz Rossieli Soares

Segundo o secretário, os detalhes sobre a retomada serão debatidos com o Conselho de Educação no dia 13 de janeiro

  • Por Jovem Pan
  • 05/01/2021 09h34 - Atualizado em 05/01/2021 09h53
Secretaria de Educação de São Paulo / Divulgação Aluno em aula na pandemia A proposta é que os alunos frequentem as aulas pelo menos uma vez na semana

A rede estadual de ensino de São Paulo retoma as aulas presenciais a partir do dia 1º de fevereiro. A previsão, no entanto, é que o retorno aconteça de forma escalonada, mantendo rodízio de alunos nos primeiros meses de 2021, explica o secretário da Educação de São Paulo, Rossieli Soares. “O caminho para esse ano é da obrigatoridade de frequentar as aulas [presenciais]. Todos vão, mas em dias distintos e pelo menos uma vez na semana. Esse é o caminho que a gente deve percorrer”, afirma o secretário, que defende o retorno escolar obrigatório. “Não existe motivação mais que justifique isso [escola fechada], mesmo na bandeira vermelha temos que funcionar o mínimo para as crianças mais vulneráveis. Não dá mais para não priorizar, se tiver que fechar escola é porque chegou no lockdown. Não dá pra fechar escolar e continuar com outras coisas abertas”, afirmou em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan.

Rossieli Soares ressaltou que entre as crianças, especial de 0 a 10 anos, o “vírus é raríssimo”, reforçando que a rede estudual de ensino não registrou nenhum caso de contaminação pelo coronavírus após o retorno parcial das atividades escolares. “Não temos transmissão dentro das escolas. As crianças até pegaram, mas dentro das suas casas ou em outros ambientes. Nas escolas a gente monitora caso a caso, então conseguimos ter atvidades dentro das escolas, protegendo os alunos com todas as infraestruturas necessárias”, relata. Agora, segundo Rossieli Soares, os detalhes sobre o retorno da educação serão debatidos com o Conselho de Educação no dia 13 de janeiro. A partir do encontro, serão esclarecidas as diretrizes para o ano letivo de 2021, o que deve incluir o rodízio de alunos, o uso de ensino remoto e a regras para dispensa de alunos pertencentes a grupos de risco. “Quando estamos falando de pelo menos uma vez na semana, vai acabar sendo duas vezes na semana, mas será discutido. Estamos falando na situação da bandeira vermelha e laranja, de ter até 35% dos alunos presentes naquele dia, então faz o rodízio. Na bandeira amarela, é até 70% dos estudantes e na verde é 100% dos jovens nas escolas”, relata.

O Estado de São Paulo iniciou nesta segunda-feira, 05, as atividades presenciais para reforço escolar. De acordo com o secretário da educação, a participação é opcional e voltada especialmente para alunos que não entregaram atividades ou não tiveram a aprendizagem necessário. A estimativa é que 130 mil jovens e crianças estejam participando das atividades. As famílias interessadas devem procurar a escola em que o aluno está matriculado para encaminhamento, explica Rossieli Soares. “Tivemos um ano tão atípico que precisamos dar mais oportunidade aos nossos estudantes”, finaliza.

Comentários

Conteúdo para assinantes. Assine JP Premium.