São Paulo inaugura laboratório móvel capaz de detectar variantes do coronavírus
Até o momento, 50 casos da variante Delta foram detectados na capital paulista e outros seis no interior do Estado; no Brasil, ao menos 20 pessoas morreram em decorrência da nova cepa
O governo de São Paulo inaugurou nesta quarta-feira, 4, um laboratório móvel capaz de detectar as variantes do coronavírus. A proposta é que, após ajustes finais do Instituto Butantan, o equipamento itinerante passe por várias regiões do Estado para buscas vestígios das novas cepas. “É um modelo extremamente complexo quanto aos equipamentos que ele leva, é um laboratório de sequencialmente completo, com capacidade de analisar 300 amostras por dia”, explicou o diretor do Butantan, Dimas Coavas. Segundo a secretaria estadual de saúde, até o momento, 50 casos da variante Delta foram detectados na capital paulista e outros seis em municípios do interior . Como forma de prevenção, o governo estadual vai doar mais de 500 mil máscaras modelo N95 para pessoas sintomáticas. A distribuição será feita em postos de saúde. No último boletim, divulgado no dia 23 de julho, a variante Delta respondia por 16,62% dos registros. Agora, o índice chega a 26,09%. Já a variante Gama representava, anteriormente, 78,36% e agora chega a 66,58% dos casos.
No Brasil, ao menos 20 pessoas morreram em decorrência da variante indiana e outras 200 pessoas foram infectadas pela cepa. No rio de janeiro, 38 dos 92 municípios do Estado têm a presença da Delta, sendo que na capital fluminense a mutação está presente em 45% das amostras sequenciadas. Os principais sintomas associados à variante Delta são: dor de cabeça, dor de garganta, coriza. Já os sintomas da Covid-19, independente da cepa, são: tosse, febre, perdas de olfato e paladar, falta de ar, fadiga, dores muscular e corporal, náusea ou vômito e diarreia. Um relatório do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, ligado ao departamento de saúde dos Estados Unidos, revela que a variante Delta é mais transmissível do que outros vírus da família dos coronavírus, como MERS e o SARS, bem como ebola e varíola, além do resfriado comum ou da gripe sazonal. Por isso, os cientistas alertam a importância de estar vacinado para que o efeito da mutação seja menos agressivo ao organismo.
*Com informações do repórter Maicon Mendes
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