Semana deve ser decisiva para prorrogação da CPI da Covid-19 por mais 90 dias

Nos próximos dias, diretora-técnica da Precisa Medicamentos e ex-assessor do Ministério devem ser ouvidos pelos senadores

  • Por Jovem Pan
  • 12/07/2021 07h47 - Atualizado em 12/07/2021 10h15
Estadão Conteúdo Vista do Congresso Nacional. Duas torres altas no meio de outros dois prédios em formato oval. Um lago na frente refletindo os prédios Semana também vai definir se a CPI vai ou não funcionar durante o recesso parlamentar que acontece de 17 a 31 de julho

Nesta semana, a CPI da Covid-19 deve se aprofundar nas investigações do caso Covaxin, denunciado pelos irmãos Miranda, e o caso Davati — alvo de um suposto pedido de propina pelo ex-diretor do Ministério da Saúde, Roberto Dias. Nesta terça, a Comissão ouve a diretoria técnica da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades. A Precisa foi a intermediária nas negociações pela Covaxin, que teria provocado pressões atípicas para sua aprovação, segundo denuncias de Luís Ricardo Miranda. Na quarta-feira, 14, quem depõe é o reverendo Amilton Gomes de Paula, que se reuniu com diretores do Ministério da Saúde para negociar vacinas da AstraZeneca em nome da Davati Medical.

Na quinta, será a vez do tenente coronel Marcelo Blanco, ex-assessor da pasta, que também teria envolvimento no caso. O depoimento de sexta-feira ainda não está marcado, mas a intenção dos senadores é de que seja com o representante da Davati no Brasil, Cristiano Carvalho. Ainda nesta semana, há a expectativa da prorrogação das atividades da CPI por mais 90 dias. Para que isso aconteça, basta o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ler em sessão plenária o requerimento feito pelo senador Randolfe Rodrigues e assinado por 34 senadores — sete a mais que o mínimo necessário. Membros do colegiado esperam que a autorização seja dada amanhã. Inicialmente, a CPI encerraria os trabalhos no dia 7 de agosto. Caso a prorrogação seja confirmada, pode ir até novembro. Rodrigo Pacheco admite que não vai criar obstáculos.

“Da minha parte não há nenhuma intenção de prejudicar o trabalho da CPI, tanto que o documento de prorrogação, tendo o critério objetivo, os requisitos de fato determinado e número de assinaturas suficientes, será lido no plenário a tempo de dar soluções de continuidade na CPI. Não é intenção da presidência interromper o trabalho caso tenha condição própria de prorrogação.” A semana também vai definir se a CPI vai ou não funcionar durante o recesso parlamentar que acontece de 17 a 31 de julho. Isso vai depender da votação da Lei de Diretrizes Orçamentárias pelo Congresso. Caso a LDO seja deliberada, o recesso acontece e a CPI não pode funcionar. Caso contrário, adota-se o chamado recesso branco e a comissão pode continuar as atividades.

*Com informações do repórter Levy Guimarães 

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