“Senado tem que ser aplaudido”, diz líder do DEM após Casa adiar decisão sobre Aécio

  • Por Jovem Pan
  • 04/10/2017 09h16 - Atualizado em 04/10/2017 09h17
Andre Corrêa/Agência Senado "É discussão que Senado, por cautela e prudência, resolveu aguardar qual a decisão do pleno do Supremo”, disse Caiado

Muitos senadores elogiaram a decisão do plenário do Senado de adiar a votação sobre a decisão da Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, que determinou o afastamento de Aécio Neves de suas funções parlamentares. Por 50 votos a 21, a Casa definiu que a decisão fica para o dia 17 de outubro, quase uma semana depois do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade, movida pelo próprio tucano, no plenário do Supremo, no dia 11.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, o líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO), afirmou que “o gesto do Senado tem que ser aplaudido e reconhecido” e que, o momento como o que vivemos, não se pede um enfrentamento entre o Legislativo e o Judiciário.

“Julgamento foi feito por uma Turma do STF. O Supremo vai julgar ADIN onde vai dizer se as cláusulas que hoje regem o julgamento do deputado e senador são aquelas da Constituição ou se interpretam como sendo do Código de Processo Penal. Você não está ‘fulanizando’ a discussão. Você está discutindo a independência dos Poderes. É discussão que Senado, por cautela e prudência, resolveu aguardar qual a decisão do pleno do Supremo”, disse.

O senador afirmou ainda que caso o pleno do Supremo decida por reiterar a decisão da Primeira Turma, ele vai atuar com intensidade na tribuna do Senado votando uma “PEC em rito de urgência para dizer que instituições não podem invadir as prerrogativas de outras”.

“Acho que nenhum poder tem hoje a prerrogativa e credencial de apontar o dedo para outra. A crise atingiu com maior intensidade o Congresso, mas não é que tenha poupado os outros Poderes. É momento de não irmos para processo de enfrentamento entre instituições, mas construir alicerce”, defendeu. “Não estou dizendo que vai ter enfrentamento, mas a Constituição tem que ser cumprida. A decisão da Turma não foi do Supremo”, completou.

Confira a entrevista completa:

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