Senadores conseguem assinaturas para abertura de CPI sobre obras inacabadas do PT

Comissão visa investigar porque 2 mil obras na área da educação entre 2006 e 2018 não foram concluídas; Rodrigo Pacheco diz que congresso não pode usar instrumento investigativo com finalidade eleitoral

  • Por Jovem Pan
  • 13/04/2022 08h59
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Foto: Pedro França/Agência Senado Senado Federal realiza debate para discutir eficiência do passaporte vacinal Requerimento foi protocolado pelo senador Carlos Portinho, responsável pelas articulações da CPI

Os senadores governistas conseguiram assinaturas necessárias para abertura de uma CPI sobre obrar inacabadas na educação e possíveis irregularidades no Fies durante o governo do PT. Os parlamentares já protocolaram o pedido de abertura da Comissão, que vai apurar eventuais irregularidades em obras iniciadas e não concluídas que foram financiadas com recursos do FNDE entre 2006 e 2018. O senador Carlos Portinho (PL-RJ) está liderando as articulações da CPI e confirmou que mais de 2 mil obras que usaram recursos do fundo estão inacabadas sem justificativa. “O que há de concreto e surpreendeu a todos foi a revelação de que há mais de 2 mil obras inacabadas e que 98% dizem respeito do período entre 2006 e 2018, durante o governo do PT. Esse é um fato concreto. E esse fato concreto nos levou a colher assinaturas para abertura da CPI. Foram 28 assinaturas, CPI protocolada. Requerimento para abertura de um assunto que é de extrema importância. Tem gente, alunos, crianças e universitários há mais de 15 anos esperando a entrega. Certamente se não houve, é porque houve desvio e corrupção na maioria destas obras”< disse Portinho.

O senador também confirmou que a CPI quer investigar possíveis irregularidades no Fies, programa de financiamento estudantil. “O Fies é uma caixa-preta e, como a gente está falando do Ministério da Educação, desse período passado, além das 2 mil obras inacabadas, o Fies é e será objeto dessa CPI”, concluiu Portinho. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), voltou a defender que o parlamento não pode usar nenhum meio de investigação com fins eleitoreiros. “Nós não podemos usar nenhum instrumento com fins eleitorais no Senado Federal, especial no momento em que o Brasil vive uma crise e com o acirramento muito grande da política”, disse Pacheco. Na contramão, a oposição continua se articulando para conseguir o número mínimo de assinaturas e dar andamento à CPI do MEC, que quer investigar o possível esquema de favorecimento dentro da pasta. O senador José Serra (PSDB-SP), mesmo assim, o requerimento não tem o número mínimo de 27 assinaturas para avançar. O líder da oposição, Randolfe Rodrigues, disse que vai continuar em busca das assinaturas necessárias para instaurara CPI e passar a limpo as denúncias de corrupção no MEC.

Confira a reportagem completa:

*Com informações da repórter Iasmin Costa

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