STJ adia julgamento de denúncia contra Wilson Lima por fraudes na saúde
Nesta quarta-feira, o secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, foi preso pela Polícia Federal
O Superior Tribunal de Justiça adiou a análise de uma denúncia contra o governador do Amazonas, Wilson Lima, por supostos crimes na compra de respiradores destinados ao tratamento de pacientes com Covid-19. O processo foi retirado de pauta após um pedido da defesa, que alegou não ter tido prazo para analisar todos os dados do processo. A solicitação foi aceita pelo relator do caso, ministro Francisco Falcão, que também autorizou uma nova fase da Operação Sangria, deflagrada nesta quarta. A ação que também mirou Lima buscou apurar desvios de recursos federais na construção do hospital de campanha Nilton Lins, em Manaus.
Um dos alvos da investigação, o secretário de Saúde do Amazonas, Marcellus Campêlo, foi preso pela Polícia Federal. Em um pronunciamento pelas redes sociais, Wilson Lima negou as acusações. “Eu sou o principal interessa em que esses fatos possam logo ser esclarecidos. Não há nenhuma prova contra mim, qualquer ato de ilegalidade ou que me beneficie de alguma forma, de recursos públicos. Eu tenho plena convicção da minha inocência, confio totalmente no trabalho da Justiça. E tenho certeza de que no final das investigações a verdade vai permanecer.”
A denúncia contra Wilson Lima e outros 17 acusados foi apresentada pela Procuradoria-Geral da República em abril. A PGR estima prejuízo superior a R$ 2 milhões aos cofres públicos e a principal suspeita é de desvio de recursos para a compra de respiradores. A subprocuradora-geral da República, Lindôra Araújo, afirma no documento “que instalou-se no governo do Amazonas, sob o comando de Wilson Lima, uma verdadeira organização criminosa que tinha por propósito a prática de crimes contra a Administração Pública”. Se a denúncia for recebida, Lima passa a ser réu no STJ. Ainda não há uma data para retomada do julgamento.
*Com informações da repórter Letícia Santini
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