Temer ainda não aplicou remédio mais duro, diz ministro do GSI sobre intervenção no RJ

  • Por Jovem Pan
  • 21/02/2018 09h16
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Fátima Meira/Estadão Conteúdo “Presidente não aplicou ainda o remédio mais duro, que é o Estado de defesa, que suspende garantias e direitos individuais”, disse Etchegoyen

No dia seguinte ao Congresso aprovar a intervenção federal no Rio de Janeiro, se espera quais serão os planos do general Walter Braga Neto, para o Estado. Segundo o ministro do Gabinete de Segurança Institucional, Sérgio Etchegoyen, o interventor já tem uma lista de ideias e ações e iniciará uma “missão enorme” no que ele caracterizou como a “hidra de muitas cabeças no crime organizado”, que é o Estado.

Em entrevista exclusiva ao Jornal da Manhã, Etchegoyen disse que há uma gradualidade na ação e alertou: “presidente não aplicou ainda o remédio mais duro, que é o Estado de defesa, que suspende garantias e direitos individuais”.

Para o ministro do GSI, a decisão de se decretar a intervenção apenas no início deste ano se justifica por conta das circunstâncias. A GLO, a criação de um centro de comitê de pronta resposta, o envolvimento maior de policiais e o acréscimo da inteligência por parte da União vieram gradualmente e levaram a tal decisão.

Mas, o general Etchegoyen foi categórico ao reafirmar que o País vive uma certa normalidade, mesmo que com o decreto de intervenção em vigor: “temos ainda, vivemos, uma normalidade do ponto de vista do Estado Democrático de Direito. O que foi feito no RJ, a destruição da estrutura de segurança não é de hoje”.

Sobre a nomeação de um militar, o ministro defendeu a simbologia. “Tem o simbolismo da autoridade que tem sido pedida. Simbolismo de instituição que tem apoio da população e é um apolítico em ano eleitoral”.

Etchegoyen destacou ainda que o RJ não é um Estado falido, e por isso, não havia a necessidade de se fazer no Brasil o que foi feito no Haiti, quando o Conselho da ONU estabeleceu regras próprias no local.

“No caso do Rio de Janeiro não temos Estado falido, um país que não funciona. Temos poderes constituídos funcionando. Consequentemente as mudanças legais devem ser discutidas pela sociedade”, disse.

Confira a entrevista completa com o ministro do GSI Sérgio Etchegoyen:

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