Terceiro ponto de despejo irregular é descoberto em refinaria do Pará

  • Por Jovem Pan
  • 19/03/2018 06h23
Reprodução/Semas O desvio foi feito no sistema de drenagem encontrado em uma área de armazenamento de carvão

Imagens divulgadas ontem a noite mostra um novo despejo irregular na refinaria da Hydro em Barcarena, nordeste do Pará. Esta é a terceira vez que os fiscais constataram despejos no empreendimento.

O desvio foi feito no sistema de drenagem encontrado em uma área de armazenamento de carvão.

O material é usado pela Hydro Alunorte para alimentar as caldeiras da refinaria.

De acordo com a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, o canal recebia água de chuva que pode ter se misturado aos resíduos da fábrica, que extrai a matéria-prima do alumínio a partir do refino de bauxita.

A Hydro disse que o projeto do galpão de carvão, que inclui o sistema de drenagem, foi licenciado pelos órgãos ambientais competentes.

A empresa realmente já foi autuada pela Secretaria mas pela construção do canal clandestino e pelo lançamento de rejeitos no rio Pará sem qualquer tipo de tratamento.

Há um mês foi encontrada uma tubulação que despejou resíduos em uma área de floresta depois que fortes chuvas em Barcarena.

O Instituto Evandro Chagas comprovou que os igarapés da região estavam com altas concentrações de metais tóxicos, entre eles o chumbo. A empresa teve que reduzir a produção pela metade, por determinação da Justiça.

No dia 12 de março, foi descoberto outro canal que também lançava rejeitos no rio Pará, sem autorização.

A Hydro disse em nota que a vistoria da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, na última quinta-feira, inspecionou o sistema de drenagem pluvial do galpão de carvão da refinaria.

O comunicado diz também que a Alunorte realiza monitoramento bimestral da água no canal de lançamento da refinaria e todos os parâmetros estão de acordo com as determinações da legislação ambiental.

A Hydro alega ainda que a Albras também realiza monitoramentos dos efluentes, conforme a licença de operação, e que todos os parâmetros estão de acordo com as determinações da legislação ambiental e que também são informados para a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará.

*Informações da repórter Neila Carvalho

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