Donald Trump circula fora do hospital e pode ter alta nesta segunda

De acordo com a equipe médica, o presidente chegou a receber oxigênio duas vezes, mas nunca esteve grave

  • Por Jovem Pan
  • 05/10/2020 05h51 - Atualizado em 05/10/2020 11h06
EFE/EPA/JUSTIN LANE Segundo pesquisa Ipsps/Reuters, 65% dos norte-americanos acredita que o presidente poderia ter evitado ser infectado pelo novo coronavírus

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, surpreendeu neste domingo, 04. Mesmo internado para tratar a Covid-19, no fim da tarde, ele saiu rapidamente do hospital e acenou para apoiadores. Do banco de trás de um carro, o republicano, que está em campanha à reeleição, usava máscara e não abriu o vidro. Pouco antes, ele divulgou um vídeo nas redes sociais elogiando o trabalho dos médicos. Na gravação, o presidente também afirmou que tem aprendido muito sobre o coronavírus e que a situação pela qual ele passa é a “escola real”.

A expectativa é que o republicano deixe o hospital nesta segunda-feira, 05.  De acordo com a equipe médica, Trump, de 74 anos, chegou a receber oxigênio duas vezes, mas nunca esteve grave. O presidente norte-americano está tomando uma série de medicamentos para combater o vírus. Ele faz uso de dexametasona, que, segundo estudos, tem bons resultados em pacientes hospitalizados com Covid-19 em estado crítico.

Trump também está recebendo o antiviral remdesivir, apontado como eficiente para encurtar internações hospitalares. O infectologista brasileiro André Kalil é professor da Universidade de Nebraska, nos Estados Unidos, e lidera uma pesquisa científica com o medicamento. Ele afirma que o remdesivir teve bons resultados em pacientes com quadro moderado ou grave.

Além do remdesivir e do dexametasona, o presidente também está recebendo um tratamento experimental, dos laboratórios Regeneron e Roche, que consiste em um coquetel de anticorpos. O diretor médico da Roche Farma Brasil, Lenio Alvarenga, explica que a ideia do tratamento é barrar a multiplicação do vírus. Zinco; vitamina D; famotidina, para combater úlcera gástrica; melatonina, para ajudar a dormir; e aspirina também foram ministrados ao paciente.  O republicano não fez uso de hidroxicloroquina.

Neste domingo, uma pesquisa Ipsps/Reuters apontou que 65% dos norte-americanos acredita que Trump poderia ter evitado ser infectado pelo novo coronavírus se tivesse dado mais atenção ao risco da doença. Segundo o mesmo levantamento, dos entrevistados, 51% apoiam o democrata Joe Biden, e 41%, Trump.

*Com informações do repórter Afonso Marangoni

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