Turismo e aviação são setores mais afetados pela Covid-19 no Reino Unido

Economia britânica ainda está 9,2% menor do que no início da pandemia da Covid-19

  • Por Ulisses Neto/Jovem Pan
  • 09/10/2020 06h59 - Atualizado em 09/10/2020 08h24
EFE Em outras partes da Europa, o aumento dos casos de Covid-19 também tem pressionado governos

O Reino Unido teve na quinta-feira (8) mais um dia de alta expressiva nos casos confirmados de Covid-19. Foram 17.540 novas contaminações em apenas 24 horas e a maior parte dos casos se concentra no norte da Inglaterra. As regras mais duras de quarentena, com fechamento de bares e restaurantes, começam a valer hoje na Escócia. E a expectativa é de que o governo de Londres siga o mesmo caminho a partir da semana que vem. Porém, a intenção é seguir tomando medidas localizadas para evitar um novo fechamento total da economia — até porque os sinais são de que a recuperação das perdas trazidas pela primeira quarentena ainda vai demorar muito.

Os números do PIB britânico no mês de agosto foram divulgados nesta sexta-feira (9): o país cresceu 2,1% no mês. O programa do governo que pagava metade da conta dos frequentadores de restaurantes foi peça-chave nesta recuperação, mas não foi o suficiente: a economia do Reino Unido ainda está 9,2% menor do que era antes do início da pandemia. Entre os setores mais afetados estão o turismo e a aviação.

Um possível alívio para o setor depende do relaxamento das regras de viagem, que neste momento inviabilizam os deslocamentos internacionais. O governo britânico criou um comitê para estudar alternativas às regras que existem no momento. Hoje, quem entra no Reino Unido precisa cumprir quarentena de 14 dias em isolamento total. A ideia é diminuir esse prazo com a realização de testes nos viajantes, independente do país de origem.

Em outras partes da Europa, o aumento dos casos de Covid-19 também tem pressionado governos. O caso mais emblemático no momento é o da Espanha, onde uma disputa entre o governo central e o da região de Madrid foi parar na justiça: tudo por conta do lockdown na cidade e a disputa pela decretação de um estado de emergência. Os casos por lá continuam em um dos níveis mais altos da Europa e ainda assim a situação acabou politizada em um nível extremo, como ocorreu em outros lugares do mundo, incluindo os Estados Unidos e o Brasil.

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