Um dia após pesquisas, Bolsonaro chama Lula de ‘ladrão de nove dedos’

Ministro do Turismo, Gilson Machado, corroborou a fala e afirmou que o presidente não precisa ‘tomar uma dose de cachaça para ficar no meio do povo’

  • Por Jovem Pan
  • 14/05/2021 10h30 - Atualizado em 14/05/2021 10h56
MATEUS BONOMI/AGIF - AGÊNCIA DE FOTOGRAFIA/ESTADÃO CONTEÚDO Presidente Jair Bolsonaro de lado, fazendo uma Enquanto Lula recuperou os direitos políticos e busca alianças pelo país, o presidente Jair Bolsonaro sente os efeitos da pandemia

O presidente Jair Bolsonaro atacou o ex-presidente Lula após pesquisas favoráveis ao petista em clima eleitoral no Nordeste. O atual chefe do Executivo chamou Luiz Inácio Lula da Silva de “ladrão de nove dedos” ao participar da entrega de 500 unidades habitacionais, em Alagoas, após elogios ao presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães. “A Caixa, lá trás, com aquele ladrão de nove dedos, dava prejuízo. Em nosso governo, com a liberdade que você tem, mais do que lucro. Ela traz benefícios para todos nós do Brasil.” O ministro do Turismo, Gilson Machado, afirmou que o presidente não precisa “tomar uma dose de cachaça para ficar no meio do povo”. Bolsonaro reforçou que não é fácil ser chefe do Executivo e fez elogios ao Congresso e a bancada de Alagoas em projetos que transformam o país.

“Mas temos que ter sempre um bom time ao seu lado. O nosso time do parlamento brasileiro é excepcional. Não são todos, mas é a maioria. Que sabe e respeita o mandato que vocês deram a todos eles.” A citação de Lula ocorre após pesquisas favoráveis ao ex-presidente na disputa presidencial de 2022 no levantamento do Datafolha — 18 pontos percentuais à frente de Bolsonaro no primeiro turno e 23 p.p. no segundo. Enquanto Lula recuperou os direitos políticos e busca alianças pelo país, o presidente Jair Bolsonaro sente os efeitos da pandemia, cobrança por vacinas e uma CPI para investigar as ações do seu governo numa economia debilitada — com inflação em alta, auxílio emergencial com valores mais baixos e incertezas para uma retomada do PIB. Uma conjuntura politicamente desfavorável.

*Com informações do repórter Marcelo Mattos 

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