Vacina da Pfizer deve ser vendida com preço reduzido ao Brasil, diz agência

Haverá três preços diferentes do imunizante: um para países desenvolvidos, outro para os locais em desenvolvimento, onde se encaixa o Brasil, e o terceiro para nações mais pobres

  • Por Jovem Pan
  • 14/11/2020 09h00 - Atualizado em 14/11/2020 09h03
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EFE/EPA/BIONTECH SE / HANDOUT HANDOUT EDITORIAL USE ONLY/NO SALES Vacina sendo aplicada Estudos da fase 3 foram realizados com 43.661 participantes em diversos pontos do mundo

O laboratório Pfizer anunciou que países com menor capacidade econômica terão acesso à sua futura vacina contra da Covid-19 por valores mais baixos. O Brasil foi incluído nesse esquema da farmacêutica e isso pode trazer um significativo impacto sobre os custos que o governo brasileiro terá. Em nota, a empresa disse que o barateamento “ajuda a garantir a equidade de modo que todo os países possam ter acesso à vacina”. A agência de notícias Reuters informou que haverá três preços diferentes para a vacina: um para países desenvolvidos, outro para os países em desenvolvimento, onde se encaixa o Brasil, e o terceiro para países mais pobres.

A vacina em desenvolvimento pela Pfizer e a empresa alemã Biontech, foi batizada como BNT162 e se baseia em trechos genéticos do vírus. Até o momento, a técnica usada pela empresa é tida como segura, mas ainda resta demonstrar sua eficácia. Isso porque até hoje nenhuma vacina de RNA, como é a da Pfizer, foi liberada para uso comercial. As vacinas em testes no Brasil usam diferentes técnicas. Para o infectologista Renato Kfouri, a variedade pode ser positiva para o desenvolvimento dos imunizantes. “Por um lado, é curioso e diferente do que a gente tem com outras vacinas e por outro lado é muito otimista, porque provavelmente alguns dessas tecnologias devem estar certas. Então temos mais opções de termos vacinas que realmente funcionem bem.”

Ainda na nota, a Pfizer afirma que já está em contato com o governo brasileiro para futura possível compra de sua vacina, caso tenham êxito no desenvolvimento. Na análise preliminar da fase 3 de testes, a vacina apresentou mais de 90% de eficácia. O infectologista Renato Kfouri, no entanto, lembra que é necessário cautela sobre datas e a eficácia das vacinas. “Os estudos estão caminhando muito bem, você disse de anúncios de eficácia de 90%, mas são anúncios feitos pelos CEOs e pelos diretores das empresas. Então ainda não tivemos acessos a publicações , dados científicos e os estudos continuam”, explica. Até o momento, uma das dificuldades em um futuro uso do imunizante é a temperatura, já que a vacina deve ser armazenada a -75°c. A empresa diz ter desenvolvido um container com gelo seco para manter a vacina na temperatura adequada por até duas semanas.

*Com informações do repórter Fernando Martins

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