‘Valores de desvios são pequenos’, diz ministro da CGU sobre repasses na pandemia

Segundo Wagner Rosário, a identificação dos desvios aconteceu a partir de uma série de indícios de irregularidades; ao todo, foram quase R$ 82 bilhões transferidos a Estados e municípios

  • Por Jovem Pan
  • 23/04/2021 10h03 - Atualizado em 23/04/2021 10h32
CGU/Divulgação Segundo Wagner Rosário, a identificação dos desvios aconteceu a partir de uma série de indícios de irregularidades

O ministro da Controladoria-Geral da União (CGU), Wagner Rosário, considera que os desvios de recursos enviados a Estados e municípios para o combate à Covid-19 são pequenos perto do montante distribuído. Em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan, nesta sexta-feira, 23, ele falou sobre as ações do governo para fiscalizar os recursos enviados pelo governo aos demais entes federativos e também sobre possíveis fraudes no auxílio emergencial. Segundo ele, com mais de 5,5 mil municípios no país, as fiscalizações foram concentrados no Estados e nas cidades que receberam os maiores repasses, resultando em 52 operações da Polícia Federal e demais diligências. “Os trabalhos estão em andamento, por mais de sejam 52 operações especiais, a gente tem que ressaltar que os valores somados de desvios são pequenos próximo à quantidade de recursos transferidos, o que pese termos focado nossos trabalhos em 278 entes. Nós tivemos desvios, mas muitos desses recursos chegaram na ponta, então temos que ter essa visão. A gente repassou perto de R$ 82 bilhões, que transferidos diretamente para que Estados e municípios pudessem aplicar nas ações de Covid-19, identificamos nessa pequena amostra em torno de R$ 150 milhões, então um valor pequeno peto do total. Podemos dizer que, infelizmente, tiveram pessoas que desviaram recursos direcionados à saúde da população.”

Segundo Wagner Rosário, a identificação dos desvios aconteceu a partir de uma série de indícios de irregularidades, como empresas criadas durante a pandemia, sócios beneficiários do auxílio emergencial e contratação de companhias que não possuíam funcionários cadastrados. Para ele, os resultados do trabalho podem ser levados para a CPI da Covid-19, que vai investigar a atuação do governo federal na crise sanitária e o repasse aos Estados e municípios. “Acompanhamento de todos recursos, auxílio emergencial, nosso trabalho voltado para o auxílio emergencial chegou R$ 7,1 bilhões de economia. Esse é o trabalho que a gente pode contribui para a CPI para que eles possam verifica diligências do governo federal e o cuidado com aplicação dos recursos púbicos, que são aplicados lá na ponta, nos Estados e municípios. É lá que as coisas acontecem e o governo fez seu trabalho em repassar os recursos e em acompanhar aplicação e também trabalhar para, caso fossem aplicados indevidamente, tomar as medidas corretas.”

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